Wellington comemora ensino tecnológico no PI

O senador Wellington Dias (PT-PI) comemorou nesta segunda-feira (22/08) o sucesso da implantação do ensino tecnológico, que combina ensino a distância e presencial.

De acordo com o parlamentar, o Piauí reverteu o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em educação e conseguiu que hoje um milhão de estudantes tenha completado o ensino médio. 

“Um município que tinha um dos mais baixos indicadores na área da educação, fez a diferença com o uso da tecnologia, ganhando aproximadamente seis anos das metas estabelecidas em apenas dois anos”, celebrou.

Wellington Dias informou que 212 alunos estão se formando em Administração de Empresas em oito municípios, no modelo universidade aberta, modalidade de ensino na qual, disse o senador, o Piauí foi pioneiro.

Ainda segundo Wellington Dias, o modelo foi implantado quando ele era governador (2003-2010) e hoje conta com 44 pólos de ensino, espalhados por diversos municípios, cada um dos quais com quatro a cinco núcleos educacionais.

O diploma é concedido pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) que, conforme o senador, foi avaliada pelo Ministério da Educação (MEC) como a 11ª entre as melhores do País.

O senador também mencionou em seu pronunciamento o Festival de Violeiros realizado em Teresina, que reuniu 3 mil violeiros; sua participação em reunião do Conselho de Entidades Sociais do Piauí com o Ministério Público estadual e a Assembleia Legislativa para tratar de mudanças no tratamento à pessoa com deficiência; e reunião com o Sindicato da Construção Civil, Caixa Econômica Federal e representantes de ceramistas para debater o andamento do programa Minha Casa, Minha Vida no estado.

Confira o discurso do senador Wellington Dias

Eu queria agradecer ao nosso Líder, Humberto Costa, por esta possibilidade de, primeiramente, fazer dois registros importantes. Um deles é o da realização do Festival de Violeiros, um dos maiores eventos do Planeta, um evento dos cantadores do Nordeste, realizado na cidade de Teresina. Já chegamos a contar com a presença de cantadores de praticamente todos os Estados do Nordeste, de vários Estados fora da região Nordeste e ainda de outros países. São cerca de três mil cantadores populares, violeiros, na Praça da Bandeira, na Praça Marechal Deodoro. Sempre destaco o trabalho do pai do nosso Senador João Vicente Claudino, o Sr. João Claudino, que, apoiado pelo grupo Armazém Paraíba, iniciou esse trabalho, hoje um dos eventos mais importantes da cultura popular do nosso Estado. Em nome da Associação dos Violeiros, quero aqui estender meu abraço a todos esses repentistas e poetas de todo o Brasil.

Também quero dizer aqui de um evento que realizamos e que contou com a presença do Conselho das Entidades Sociais, em Teresina, onde tratamos especificamente com a Deputada Rejane; com o Secretário Estadual para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, Helder Jacobina; com os Conselhos e com o Ministério Público de um conjunto de projetos, de ideias, de propostas, para aperfeiçoar o nosso sistema nessa área da pessoa com deficiência. Parte vai ser encaminhada pelo Governo Wilson Martins; parte, pela Assembleia Legislativa; e outra parte, pelo Congresso Nacional e pelo Governo da Presidente Dilma Rousseff.
Tivemos ainda uma reunião importante com o Sindicato da Construção Civil, com a Caixa Econômica Federal e com os ceramistas, em que tratamos sobre os programas, principalmente o programa Minha Casa, Minha Vida.

Mas, Sr. Presidente, o que me traz hoje aqui é um tema que eu tinha anunciado, na semana passada, que trataria com maior detalhe: a educação nesse modelo tecnológico.
Há poucos dias, no Senado Federal, tivemos o privilégio de, na Comissão de Educação, assistir a uma apresentação sobre uma experiência vivenciada pelo Município de José de Freitas, no Piauí, onde todas as escolas, municipais e estaduais, receberam investimento nessa área da tecnologia. Nessas escolas, cada aluno, Senador Walter Pinheiro, tem um notebook. Há ali uma sala para inclusão digital. Os alunos aprender a ler, desde a alfabetização, com equipamentos, demonstrando a força do interesse da juventude pelos equipamentos eletrônicos. Acho que qualquer um aqui que tenha filho ou filha ou que conviva com alguma criança sabe do interesse que as crianças têm pelo celular, pelo computador, por essas coisas que vão se popularizando. Ali há lousa digital, um conjunto de equipamentos. O que há de especial nisso? Um Município que tinha um dos mais baixos indicadores nessa área da educação fez a diferença, com o uso da tecnologia, ganhando aproximadamente seis anos das metas ali estabelecidas em apenas dois anos de funcionamento dessa modalidade. Agora, alcançamos a média estadual, com muitas escolas se destacando nessa área.

Por que cito isso? Porque tive a felicidade de, no último sábado, com o Governador Wilson Martins; com o Secretário da Educação, o Deputado Federal Átila Lira; com o Prefeito Dezinho; com os Vereadores; com o Professor Gildásio; com toda a equipe da Universidade Federal, ali representando o Professor Júnior; com os estudantes, com os familiares e com as equipes de tutores, na cidade de Elesbão Veloso, comemorar a formatura de 37 alunos pelo modelo da Universidade Aberta do Brasil. Na verdade, esse é um modelo em que o Piauí foi pioneiro.

Ainda quando o Presidente Lula assumiu, eu sempre tive uma paixão por essa área da tecnologia. Eu dizia lá, como disse na Comissão de Educação, que trago sempre na memória – e são boas memórias – minha mãe estudando, fazendo seu ginásio, como chamávamos, um curso a distância, fazendo o Projeto Minerva, um projeto em que, pelo rádio e por apostilas, era possível alcançar não só o ensino fundamental, mas também o ensino técnico. Ela fez um curso de Auxiliar de Enfermagem, o que lhe garantiu condições de trabalho, de emprego e de renda. Ali, nasceu nela o desejo de que seus filhos não tivessem menos do que o ensino médio. E, graças a Deus, todos nós alcançamos a condição de chegar à universidade!

A educação, portanto, é um investimento feito de uma vez só: se mudou uma geração, mudaram as gerações seguintes. Foi a partir dessa experiência que, no Governo do Presidente Lula – vejo que, agora, dá continuidade a isso a Presidente Dilma –, quando ainda Tarso Genro era o Ministro – depois, veio Fernando Haddad, com sua equipe –, fizemos uma primeira parceria. Havia muito preconceito contra esse modelo de ensino, mesmo nesse misto de ensino a distância e de ensino presencial. Fizemos uma parceria com o Banco do Brasil. Piauí e Pará realizaram um convênio, com quinhentas vagas patrocinadas pelo Banco do Brasil. Destaco aqui os Presidentes de então, Lima Neto e Rossano Maranhão; o Diretor de então, Luiz Oswaldo, que hoje está no Ministério da Pesca; e outros membros da equipe.
O fato é que houve a formatura, no ano passado, das primeiras turmas no Brasil no modelo que deu origem à Universidade Aberta. Tínhamos experiência com a Universidade do Rio de Janeiro e com a Universidade de Santa Catarina, mas destaco que essa foi acompanhada diretamente pelo MEC, o que resultou no êxito dessa grande rede de ensino tecnológico, nesse misto de ensino a distância e de ensino presencial. Foram 212 alunos que se formaram em Administração em oito Municípios no Estado do Piauí.

Ainda como Governador, trabalhei com o Secretário Antonio José Medeiros e com o Prof. Marcílio, que dirigia a área de ensino profissionalizante, junto com a Universidade Estadual do Piauí e com a Universidade Federal do Piauí, e foi possível implantar uma rede. Essa rede, hoje, tem 44 polos em todo o Estado, mais de cinco mil alunos fazendo cursos como Administração, Assistência Social, Matemática, Química, Biologia, Turismo, Ciências Contábeis, nas mais distantes cidades do Estado. Agora, vejo também serem inaugurados os núcleos. Em cada cidade polo, normalmente, há uma rede de ensino presencial, com a Universidade Federal, com o instituto federal, no ensino superior e na pós-graduação. Aliás, pessoas que terminaram, por exemplo, o curso de Pedagogia em Elesbão Veloso – lembro-me bem do Pastor Carlos, uma pessoa que confessava que podia estudar por que aquela escola havia chegado àquela região – podiam fazer, depois do ensino superior, uma pós-graduação. Ele faz uma pós-graduação na área de Políticas Públicas.

Então, nesse modelo, há aproximadamente 47 cidades com ensino presencial, com ensino superior e com ensino técnico, pelo Estado ou pelo Governo Federal. Em cada polo desse, em cada região como essa, há quatro, cinco ou seis núcleos, e são milhares de pessoas que estão estudando em cidades pequenas, como Alegrete, onde agora houve a formatura de 70 jovens; Floriano; Gilbués; Buriti dos Lopes. São cidades com 4 mil, 5 mil, 6 mil habitantes, podendo ter ensino superior. Vê-se ali o orgulho das famílias recebendo um diploma da Universidade Federal, uma das mais bem avaliadas do Brasil – é a décima primeira mais bem avaliada no Brasil.

Então, Sr. Presidente, já concluindo, quero dizer da minha alegria de podermos comemorar esse feito. O Brasil inteiro conhecia o meu Estado, o Estado do Piauí, como um dos mais atrasados do Brasil, mas já não o somos. Podemos dizer que o Piauí já não é mais o Estado mais pobre do Brasil, medido pelo Índice do Desenvolvimento Humano. Por quê? Porque avançamos na expectativa de vida, avançamos na renda e avançamos na área da educação.
Quero ainda que todos compreendam a importância da educação para as mudanças que ali estamos fazendo.
Estive no Acre recentemente e fiquei feliz em ver lá o Governador Tião Viana, Senador Anibal, também trabalhando a expansão do ensino técnico e do ensino superior, com a mesma meta de fazer chegar esse ensino a todos os Municípios. Esta é a nossa meta: que todos os Municípios do nosso Estado tenham o ciclo completo da educação. Que, lá de Cristalândia, de Sebastião Barros, de Cajueiro da Praia, de qualquer região, alguém possa fazer a alfabetização, o ensino fundamental, o ensino médio, o ensino técnico e, agora, o Pronatec, lançado pela Presidente Dilma. Que todos possam cursar o ensino superior e a pós-graduação. Então, essa é uma revolução que, no médio e no longo prazo, dará grande efeito.

O resultado está aí. O meu Estado, onde havia 400 mil pessoas com ensino médio, dobrou esse número, porque se está chegando a um milhão de pessoas com ensino médio completo. E, hoje, há um número cada vez maior de doutores, de mestres e de especialistas nas mais diferentes áreas.
Quero aqui parabenizar todos que fazem a Universidade Aberta do Brasil.

Quero parabenizar a Presidente Dilma, pela forma corajosa com que atua. Agora, eu a vi lançando um programa em que abre espaço de bolsa para brasileiros e brasileiras que não têm condições de estudar no exterior. Essa é uma vitória do povo brasileiro.
Muito obrigado.

Fonte: Agência Senado

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