Wellington defende Cadastro Único da Violência

Senadores e deputados se unem para enfrentar a violência

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos cinqüenta anos o número de vítimas da violência deu um salto. Pulou de 3 mil para 35 mil e seiscentas ao ano. Preocupados em garantir algum tipo de apoio aos brasileiros atingidos pela “epidemia” que se alastra pelo País, deputados e senadores formaram uma Frente Parlamentar para atuar em conjunto com a sociedade, as secretarias municipais e estaduais de segurança, Ministérios da Saúde e da Justiça e comissões de direitos humanos para tentar entender a fundo o problema e buscar soluções.

Em entrevista ao programa Argumento, da TV Senado, um dos criadores da Frente, o senador Wellington Dias (PT-PI), diz que a idéia é reunir informações, premiar municípios e estados que conseguem lidar com o problema de maneira positiva e mostrar os problemas – estejam onde estiverem.

“Há vários exemplos positivos no País. Municípios onde há trinta anos não se registra um único caso de assassinato. Há varas judiciais que são modelo. Os processos chegam, são julgados. As delegacias investigam, prendem suspeitos”, lembrou Wellington.”Há lugares onde o sistema funciona e outros onde não funciona”, resumiu.

A sugestão do senador piauiense é mostrar as duas pontas. “A ideia é premiar estados, municípios, a área de segurança, o Judiciário e as entidades que, de alguma forma, contribuem para reduzir os índices de violência ou a sensação de impunidade entre a população. Por que não premiar o que é bom e escancarar o que não dá certo, para ver se abrimos uma grande reflexão e sensibiliza as autoridades?”, propõe o senador.

A Frente Parlamentar contra a Violência pretende reunir todos os dados sobre qualquer tipo de violência disponíveis no País e criar uma grande rede nacional em cada município. Com esses dados, o passo seguinte é trabalhar a questão da impunidade. “Vamos verificar, do total de casos registrados de violência, em quantos deles os responsáveis foram julgados e condenados; quantos culpados foram para a cadeia”, propõe Wellington. O senador lembra que o objetivo não é estimular a vingança, “mas o cumprimento da Lei”. Para o parlamentar, a sensação de impunidade pode estimular novos casos.

“Outro caminho para a Frente é o apoio à vítima”, continua. E lembra que é preciso dar atendimento à pessoas que, antes de serem vítimas, sustentavam suas famílias e acabaram com sequelas. “A pessoa trabalhava, garantia a sua sobrevivência e a da família e, depois de se tornar vítima, passa a enfrentar situações muitas vezes dramáticas”, disse. “Como é que vai ficar a situação da família dessa pessoa”, questiona?

“É uma grande tarefa. Vamos trabalhar juntos, Câmara e Senado, integrados com outras comissões que já atuam nessa área para olhar o foco principal: a vítima”, concluiu.

Clique na imagem para assistir a entrevista do senador Wellington Dias

Parte 1: 

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Parte 2:

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Giselle Chassot com informações da TV Senado

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