O senador Wellington Dias (PT-PI) comemorou, em discurso nesta segunda-feira (19/09), o crescimento da renda das mulheres, inclusive em ritmo mais acelerado que a dos homens, conforme pesquisa da consultoria Data Popular e divulgada há alguns dias. Os dados mostram que a massa da renda feminina cresceu 30,8% de 2006 a 2011, passando de R$ 519,3 bilhões para R$ 679,5 bilhões, enquanto a da massa masculina no mesmo período foi de apenas 22%.
O levantamento, continuou o senador, explicita o perfil feminino da nova classe média brasileira, pois quase 53 milhões de mulheres da classe C detêm quase metade da renda feminina do país. As mulheres passaram a ser protagonistas no mercado de trabalho, no consumo e nas decisões, frisou o senador. Isso se deve, principalmente ao fato de as mulheres estudarem mais, com mais presença nas universidades, participando ativamente do mercado de trabalho e também graças à expansão dos programas de transferência de renda do governo, que ficam sob os cuidados das mães de família, e da política de elevação do salário mínimo. “Se a classe C no Brasil cresceu, se a nossa economia avançou, isso se deve à crescente importância da mulher em nossa sociedade”, disse Wellington Dias.
As mulheres já representam 57% do total de estudantes no mercado do ensino superior no Brasil. A distância entre a renda do homem e da mulher tem caído, especialmente na classe C, apesar de ainda existir. Nas classes D e E, essa diferença é ainda maior, fortalecendo o protagonismo feminino na baixa renda, salientou.
Segundo observou Wellington Dias, a mulher brasileira tem tornado o mercado de trabalho mais dinâmico e isso teve efeitos no consumo do país, no crescimento da economia e na evolução social, com a inclusão na classe média de cada vez mais brasileiros. A nova classe média brasileira continua consumindo e poderá fechar 2011 com gastos de R$689 bilhões, o que, segundo a consultoria IPC Marketing, é um salto de 20% sobre o potencial de consumo de 2010.
Agência Senado