1º de maio: Planalto inicia negociações em resposta aos trabalhadores

O Governo anunciou que irá negoicar oito pontos com as centrais sindicais. A primeira reunião será no dia 14 de maio, em Brasília.

 

 


CUT pede mais diálogo com o Governo

O Governo anunciou que irá negociar oito itens da pauta de reivindicações dos trabalhadores na primeira reunião com a CUT e as demais centrais sindicais, que acontecerá será no dia 14 de maio, em Brasília. A sinalização foi dada, nesta terça-feira, véspera do 1º de maio, quando o presidente da CUT, Vagner Freitas, cobrou uma resposta do Governo à pauta dos trabalhadores, entregue à presidenta Dilma Rousseff no dia 6 de março, após a Marcha da Classe Trabalhadora, que reuniu 50 mil pessoas, em Brasília. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, se reuniu com Vagner e disse que é possível negociar oito itens da pauta dos trabalhadores. 

 

Ficaram de fora pontos importantes como o fim do fator previdenciário e redução de jornada para 40 horas semanais. A alegação do ministro Gilberto Carvalho é a de que o governo ainda não tem proposta com relação a esses dois itens.

 

Para Vagner, com a resposta de hoje, “o governo enfatizou a importância das centrais sindicais como interlocutoras de temas importantes para os trabalhadores e deixou claro que vai negociar os itens que tem boas chances de fechar um acordo de imediato. Quanto às 40 horas e o fim do fator previdenciário, as centrais vão continuar fazendo o seu papel que é pressionar, mobilizar, negociar, lutar para conquistar esses dois itens que são fundamentais para a classe trabalhadora”.

 

“O mais importante”, disse Vagner que ligou para os presidentes de todas as outras centrais sindicais após a reunião com Gilberto Carvalho, “é que o governo se comprometeu a levar para a mesa de negociação questões muito caras para o movimento sindical, como a regulamentação da terceirização e da Convenção 151”.

 

A classe trabalhadora voltou às ruas com mais um ponto na agenda: o combate ao substitutivo do deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP) ao Projeto de Lei (PL) 4330/2004, de autoria de Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e, segundo interpretação dos líderes sindicais, representa um imenso retrocesso à organização dos trabalhadores.

Prioridades

Vagner Freitas coloca três pontos como primordiais na agenda de negociações: a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator previdenciário e o combate ao PL 4330/2004, que trata da terceirização são prioridades na agenda. Caso seja aprovada, a medida vai liberar a terceirização para atividades fim (a atividade primordial da empresa) e acaba com a responsabilidade solidária.

“A terceirização, que é proibida atualmente para a principal atividade da empresa, pode ser completamente liberada e poderemos ter empresas sem nenhum funcionário, o que precariza completamente as relações trabalhistas e a organização sindical. Além disso, não teremos mais a responsabilidade solidária, ou seja, mesmo que a terceirizada não cumpra com suas obrigações trabalhistas, a tomadora de serviço não precisar arcar com qualquer responsabilidade. Isso é uma forma de empresários desonestos terem lucro fácil”, comenta.

Com informações do site da CUT

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