Agência Brasil
Classificação de risco por agências estrangeiras mostra a confiança dos investidores internacionais no país
A agência de classificação de riscos Moody´s revisou para cima a perspectiva da nota de crédito do Brasil. O nível do país foi mantido em Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros, mas a perspectiva da avaliação passou de “estável” para “positiva”, sinalizando que uma elevação desse rating está no radar.
Segundo o Tesouro Nacional, se a melhora da nota de crédito for efetivada, será um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país. Isso porque o grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm o risco de dar calote na dívida pública, o que estimula a chegada de recursos.
A classificação de risco por agências estrangeiras mostra a confiança dos investidores internacionais no país.
O senador Beto Faro (PA), líder do PT, destacou a mudança na perspectiva por parte da agência como reconhecimento dos acertos nas decisões econômicas tomadas pelo governo Lula.
“A mudança na avaliação da agência Moody’s mostra que as escolhas do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad na área econômica têm trazido estabilidade e colocado o país no rumo certo. Certamente o Brasil reconquistará o grau de investimento em breve, e atrair ainda mais a atenção de investidores internacionais para o Brasil”, disse o senador.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o fato de a Moody’s ter acompanhado a avaliação de outras agências de classificação de risco, que já haviam mudado as perspectivas sobre a economia brasileira. Haddad ainda apontou que a mudança é resultado, além da estabilidade, da normalidade institucional.
“Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três poderes [da República], que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer”, disse.
Já o presidente Lula destacou a retomada da credibilidade do Brasil no cenário internacional.
“O Brasil que estamos construindo voltou a ser respeitado no mundo e voltou a ter credibilidade econômica e ambiental. Isso é bom para todo mundo”, destacou Lula.
As notas dadas por agências de classificação de risco servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. As agências também atribuem notas aos títulos que empresas emitem no mercado financeiro, avaliando a capacidade de as companhias honrarem os compromissos.
