Com lucro líquido de R$ 19,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve um crescimento de 31,4%, em relação ao mesmo período de 2023, quando o valor verificado foi próximo dos R$ 14,4 bilhões.
Principal instrumento do governo federal para financiamentos de longo prazo e investimentos nos mais diversos segmentos da economia do país, com o resultado apresentado nesta segunda-feira (11/11), o BNDES chega a uma carteira de crédito na casa dos R$ 550,3 bilhões em 2024. Esse pouco mais de meio trilhão representa o maior montante disponível, desde dezembro de 2017.
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Segundo o balanço apresentado, este valor da carteira de crédito expandida, alcançado em 30 de setembro último e que abrange financiamentos, debêntures e outros ativos de crédito, é 6,8% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. A carteira disponível pelo BNDES passa a representar 68,2% dos ativos totais.
Acentuando seu papel no crescimento e desenvolvimento brasileiro, em especial no processo de reindustrialização do país, as aprovações de créditos pelo BNDES, também nesses primeiros nove meses de 2024, aumentaram expressivamente em todos os setores da economia.
Para a indústria, cujo chegou a R$ 37 bilhões, os créditos disponibilizados apresentaram maiores crescimentos. São 108%, em relação a 2023. E expansão de 263% sobre 2022, quando as aprovações de liberação de créditos somaram R$ 10,2 bilhões, sempre na comparação com os primeiros nove meses de cada ano.
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Diante dos resultados positivos, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatiza que “nosso compromisso era construir um novo BNDES e ele está sendo construído”, destacando, ainda, que “estamos tendo R$ 19 bilhões de lucro e mandando para o Tesouro R$ 25 bilhões em dividendos que contribuem para o equilíbrio orçamentário e redução do endividamento do país”.
Papel do BNDES no desenvolvimento do país
Para Mercadante, diante de um cenário de ajuste orçamentário no Brasil, é importante a manutenção dos investimentos feitos pelo BNDES, como forma de impulsionar o crescimento do país. O dirigente do banco observa que “o Brasil precisa ter trajetória mais previsível das despesas obrigatórias para manter investimento público indispensável para o crescimento”.
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O presidente do banco também ressaltou o papel da instituição em relação à crise climática, ao destacar o recebimento de R$ 10 bilhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) que serão destinados ao Programa Fundo do Clima para financiamento de projetos para a mitigação e adaptação à mudança do clima e seus efeitos.