O novo líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) deixou claro, hoje à tarde, suas principais tarefas no novo cargo: acompanhar as votações e negociações relativas ao Plano Plurianual (PPA) e ao Orçamento Geral da União. “Minha prioridade é o Orçamento”, resumiu hoje, em entrevista à imprensa.
A escolha do novo líder foi confirmada esta manhã pela presidenta Dilma Rousseff, logo após a reunião de coordenação política do governo.
Apesar da insistência dos repórteres, Pimentel negou que a sua nomeação tenha gerado qualquer mal-estar com a bancada peemedebista, que ocupava a vaga até a nomeação do deputado Mendes Ribeiro (RS), para o Ministério da Agricultura. Segundo o novo líder, sua escolha foi uma unanimidade. “Eu já era o primeiro vice-líder no Congresso”, lembrou.
O senador também rebateu com veemência a insinuação de que a liderança seria um “prêmio de consolação” para evitar uma disputa com a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pela 1ª vice-presidência do Senado. “Eu acredito que estou indo para a liderança do governo no Congresso por competência. Minha vida aqui, de 17 anos de Congresso Nacional, depõe a favor disso”, declarou.
Segundo ele, a decisão foi um consenso na bancada do PT. “Não existem disputas na bancada. Nós fazemos tudo por acordo e por consenso”, assegurou.
Duas questões polêmicas levantadas pela imprensa foram abordadas pelo líder: os recursos para a saúde pública e a votação de questões relativas ao pré-sal. Pimentel disse que a “ressurreição” da CPMF – como os repórteres tratam o assunto – não faz parte da agenda. Ainda assim, lembrou que o fato de estados brasileiros que não cumprirem os percentuais fixados em lei para destinação de recursos para a saúde precisa ser levada em conta.
Em relação à votação da distribuição dos royalties do pré-sal, o novo líder disse que a questão deve ir à plenário no dia 5 de outubro. Ele antecipou que o Senado vai encontrar um consenso para votar a matéria.
Leia Mais
Pimentel é o novo líder do governo no Congresso
PPA: governo elege 11 ‘macrodesafios’
Wellington: consenso no pré-sal depende da União