Senador ressalta que ação de pessoas |
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou, nesta terça-feira (11), em plenário, que apresentou requerimento para que a Comissão de Direitos Humanos (CDH) possa discutir com diversos setores da sociedade e do governo, a escalada de violência nas manifestações que tem ocorrido por diversas cidades brasileiras.
Na última semana, o tema recebeu uma atenção maior após a morte do cinegrafista da TV Band, Santiago Andrade, que foi atingido na cabeça por um rojão enquanto trabalhava na cobertura jornalística de uma manifestação popular contra o reajuste de passagens na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo relatou Paim, o requerimento aprovado não vai inviabilizar a tramitação do Projeto de Lei do Senado (PLS 499/2013), que prevê a tipificação do crime de terrorismo. Para o senador, existem pessoas infiltradas nas manifestações interessadas apenas em prejudicar o movimento dos cidadãos que pretendem questionar e propor melhorias por meio dos protestos.
“Aqueles que cometem atos que considero crime hediondo, são infiltrados. Não são aqueles que estão ali para pressionar, para contestar e para protestar legitimamente. Quem faz isso são aqueles que se escondem atrás de máscaras”, disse.
De acordo com o senador, serão chamados para a audiência, todos aqueles que querem discutir as formas de respeitar a liberdade soberana dos movimentos para não aceitar que quadrilhas entrem no meio e estraguem um protesto legítimo que o povo entenda que deve fazer.
“Não podemos concordar que um cidadão entre com uma bomba dentro de um ônibus e se diga que está tudo bem. Não está tudo bem não. Esse cara tem que ser preso, tem que ser desarmado e tem que responder pelo crime cometido. É isso que estamos debatendo”, argumentou.
Renegociação das dívidas
Paulo Paim ainda retomou a discussão acerca do Projeto de Lei da Câmara (PLC 99/2013), que muda o indexador da dívida dos estados e municípios. Por acordo de lideranças, em reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no último dia 6, acrescentou-se um prazo de 30 dias para que o texto pudesse ser aprimorado.
O senador cobrou o cumprimento do prazo acordado e afirmou que, havendo vontade política, o texto pode ser aprovado antes do Carnaval.
“Assim, podemos acabar com o chavão de que as coisas só acontecem no Brasil após o Carnaval. Estou confiando na palavra de vocês e na palavra do ministro Mantega”, disse.
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