Agência Brasil

Número de trabalhadores com carteira assinada chega a 39,1 milhões, crescimento de 3,3% no ano
O IBGE confirmou nesta terça-feira (30/9) que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O resultado comprova a força da economia e o compromisso permanente do governo em gerar mais empregos, mais renda e melhores condições de vida para os trabalhadores, consolidando uma tendência de recuperação que vem se mantendo ao longo de 2025.
Segundo a pesquisa, o país atingiu 102,4 milhões de pessoas ocupadas e o setor privado bateu recorde no número de empregados com carteira assinada: 39,1 milhões, crescimento de 3,3% no ano.
Outra notícia relevante é o número de desocupados, o menor já registrado: 6,1 milhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, 1 milhão de brasileiros deixaram a fila do desemprego.
Recheada de bons dados, a Pnad Contínua foi celebrada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Em suas redes sociais, ele reforçou que “a colheita segue firme!”
Mais ocupação, mais renda
O aquecimento do mercado de trabalho traz ainda outras vantagens para a população. “Com menor disponibilidade relativa de mão de obra, as contratações somente acontecem com mais benefícios para os trabalhadores, como a carteira assinada, por exemplo”, avaliou William Kratochwill, analista da pesquisa.
O rendimento médio real do trabalhador chegou a R$ 3.488, aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. A massa de rendimento total bateu R$ 352,6 bilhões, alta de 5,4% em doze meses.
A melhora no rendimento foi puxada por áreas como agricultura, construção civil, administração pública e serviços sociais. Trabalhadores domésticos tiveram aumento médio de 5,3% na comparação anual.
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Educação e agricultura em destaque
A criação de empregos foi puxada por setores específicos. Educação pública, especialmente no ensino pré-escolar e fundamental, gerou vagas temporárias, enquanto a safra de café impulsionou a agricultura no Nordeste e Sudeste. Transporte e armazenagem também se destacaram, com crescimento de 5,5% nas contratações em relação ao ano passado.
Outro dado relevante foi a redução no número de desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar trabalho. O total caiu para 2,7 milhões, o menor desde 2016. Segundo o analista do IBGE, essa queda “indica que o mercado de trabalho está conseguindo absorver rapidamente esse contingente.”
A taxa de subutilização, que considera também subempregados e quem gostaria de trabalhar mais horas, ficou igualmente no menor patamar histórico: 14,1%.
No entanto, nem todos os indicadores avançaram. A taxa de informalidade subiu levemente para 38%, contra 37,8% no trimestre passado, puxada pelo aumento de trabalhadores por conta própria sem CNPJ.
Já os serviços domésticos foram a única atividade a registrar queda nas duas comparações: menos 3% frente ao período e 3,2% na comparação anual. No entanto, isso não é necessariamente uma má notícia. “Muitas vezes, em momentos mais difíceis da economia, as pessoas migram para os serviços domésticos. O que podemos estar presenciando é o movimento contrário, onde os trabalhadores identificam melhores oportunidades de trabalho, com melhores condições e rendimentos”, explicou Kratochwill.
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Um retrato de prosperidade
O resultado divulgado pelo IBGE é mais que um dado estatístico: é a tradução da esperança no dia a dia de milhões de brasileiros que voltaram a encontrar trabalho e renda.
Nunca tantos brasileiros estiveram ocupados e com carteira assinada. O retrato atual é de um país que se reencontra com a formalidade, valoriza seus trabalhadores e abre espaço para o crescimento.
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