Daniel Gomes

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 19, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) foi categórico ao reafirmar a importância dos trabalhos da CPI do Crime Organizado, reforçando que a comissão representa um marco estratégico no enfrentamento às facções e à escalada da violência no país.
De acordo com o senador, a CPI não é apenas uma ferramenta de investigação, mas um instrumento de defesa do Estado brasileiro, fundamentado na verdade, na justiça e na proteção da população. “Esta CPI é um compromisso com a verdade, com a justiça e com a proteção do nosso povo. Vamos seguir firmes para enfrentar quem lucra com o medo e desafia o Estado brasileiro”, declarou Rogério Carvalho.
Críticas ao texto do PL Antifacção aprovado na Câmara
Durante a coletiva, Carvalho também comentou o PL Antifacção, aprovado pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, embora o texto preserve pontos importantes do projeto original, ainda traz imprecisões graves, especialmente na tipificação penal, lacunas que, segundo o petista, podem beneficiar organizações criminosas e dificultar o trabalho das forças de segurança. “O que não podemos ter é um texto que facilite a vida dos criminosos. Precisamos de clareza para punir quem deve ser punido”, reforçou.
Expectativa para os próximos passos da CPI
Em seguida, Rogério Carvalho lembrou que o Brasil possui 88 facções criminosas catalogadas, muitas delas articuladas diretamente a partir do sistema prisional. Para ele, esse cenário exige uma abordagem estrutural, que combine ação imediata, inteligência, interrupção de fluxos financeiros e enfrentamento territorial.
“Precisamos atacar todas as frentes: cortar financiamento, desarticular redes e impedir que o crime organizado avance sobre os territórios”, afirmou.
Ao final, o senador reforçou que a CPI será conduzida sem recuos e com propósito claro de fortalecer o Estado democrático de direito.
“O crime não pode ditar regras. A democracia não pode e não vai recuar”, concluiu.



