CPMI ampliará investigações sobre finanças da rede Cachoeira

Quando voltar a se reunir, na segunda semana de outubro, a comissão terá mais de 300 requerimentos para apreciar.

O próximo desafio da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações criminosas do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos – o Cachoeira – é investigar o mapa das finanças do esquema.  Além disso, quando voltar a se reunir, na segunda semana de outubro, a comissão terá mais de 300 requerimentos para apreciar.

O relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), identificou que R$ 36 bilhões foram recebidos nos últimos dez anos por 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento com a organização. Levantamento da CPMI sobre as finanças da quadrilha também identificou que 93% das 553 mil transações feitas em cheque pelos suspeitos não têm a identificação de quem pagou ou recebeu o dinheiro. Só as movimentações anônimas envolvem R$ 2 bilhões.

Há também R$ 1 bilhão movimentado em transferências bancárias que não foram identificadas. Nesse caso, no entanto, os bancos têm a identificação dos envolvidos, mas esses nomes ainda não chegaram à CPMI.

Odair Cunha disse que está sendo realizado um trabalho específico em busca dessas informações. “Nós temos um problema de acesso às informações do sigilo bancário. É uma força-tarefa específica para solucionar esses problemas. Estamos indo aos bancos, vendo se o banco fez o envio e se, na conversão dos dados na CPMI, teve algum problema ou não.”

Em outra frente, a CPMI trabalha com o Ministério Público Federal para garantir que bens dos acusados de integrar o esquema criminoso fiquem bloqueados pela Justiça para que, futuramente, voltem aos cofres públicos. São 168 bens, avaliados em R$ 140 milhões.

Novos requerimentos

Nas duas últimas semanas, a CPMI recebeu 11 novos requerimentos de parlamentares. Com isso, chega a 300 o número de pedidos a serem apreciados pela comissão na volta dos trabalhos. A maior parte desses requerimentos refere-se a convocação de testemunhas.

Caso todos esses pedidos sejam aprovados e as testemunhas de fato chamadas a depor, muito dificilmente os trabalhos se encerrarão no dia 4 de novembro, conforme previsto no cronograma inicial.

Com informações do site PT na Câmara e da Agência Senado

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