Aumento de investimentos, escolarização aos seis anos e aperfeiçoamento das avaliações contribuíram para resultados.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os resultados apurados pelo índice de Desenvolvimento da Edicação Básica (Ideb) precisam ser comemorados. “Quero parabenizar os professores do Brasil que permitiram no seu trabalho cotidiano que o País alcançasse esse resultado”, disse.
Se o Ideb fosse uma prova, poder-se-ia dizer que finalmente o país ficou “na média”. É o que apontam os números de 2011: em uma escala de
Mercadante citou três fatores para a melhoria do Ideb nos anos iniciais. O primeiro seria o ensino fundamental de nove anos, modelo que começou a ser implantado em 2007 e antecipou a entrada das crianças no ensino fundamental dos 7 para os 6 anos de idade. Os outros seriam o aumento dos investimentos em educação e das matrículas na educação infantil. “Outro fator importante é o fortalecimento da cultura da avaliação. Quando você mede e estabelece metas o sistema se move, você estabelece uma perspectiva de melhora e uma ambição de futuro.”
Metodologia
O Ideb é utilizado desde 2005 para medir a qualidade da educação básica no país. O índice é calculado a partir da taxa de aprovação e do desempenho dos alunos na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a cada dois anos. Com base nessas informações, são atribuídas notas para cada escola pública do país, assim como para as redes de ensino e para os municípios e os estados. Cada escola, prefeitura e governo estadual tem uma meta que deve ser atingida de dois em dois anos.
O indicador atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5º ano), anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio. Se nos anos iniciais houve crescimento de 0,4 ponto, nos anos finais a melhora é mais lenta – a nota passou de 4 pontos em 2009 para 4,1 em 2011. No caso do ensino médio, a situação é mais grave: na média nacional, a meta de 3,7 pontos foi atingida, mas nove estados pioraram seu desempenho em relação a 2009.
Para a diretora executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, os resultados dos anos iniciais do ensino fundamental devem ser comemorados. “A gente está acertando a mão. Já sabemos o que fazer para melhorar a aprendizagem, o que precisamos é intensificar as ações. Já a fase final do ensino fundamental é o nó invisível, existem poucas políticas voltadas para essa etapa. E no ensino médio está à crise, não conseguimos evoluir”, aponta.
O objetivo do Ideb é fomentar a melhoria da qualidade do ensino para que o País atinja a nota 6 para as séries iniciais do ensino fundamental até 2022, bicentenário da Independência. Em 2005, o Ideb aferido para os anos iniciais foi 3,8. Em 2007, subiu para 4,2, em 2009, para 4,6, e agora chegou aos 5 pontos. Em todas as edições, as médias nacionais superaram as metas estabelecidas para o período.
Com informações da Agência Brasil