Com quatro anos de antecedência, o Brasil atingiu uma das mais importantes Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) – a que se refere à redução da mortalidade infantil até
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Melhor atendimento médico, crescimento da renda familiar, expansão dos serviços de saúde, como ampliação da cobertura de vacinas e antibióticos, são os motivos do avanço brasileiro. “Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória. Nos últimos dez anos, o esforço do Ministério da Saúde de levar profissionais para cada canto do País ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas queremos avançar ainda mais, com a Rede Cegonha, reforçando a qualidade no pré-natal e na assistência ao parto, e a expansão das UTIS neonatais”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Para manter os coeficientes de queda, o Ministério da Saúde também lançou, em 2009, o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil, que prevê diminuir em pelo menos 5% ao ano os óbitos de crianças com menos de um ano no Nordeste e na Amazônia Legal, onde as taxas são maiores que a média nacional.
Outro importante parceiro é o Unicef, que tem colaborado sistematicamente com programas de redução da mortalidade e assistência a crianças brasileiras. No ano passado, consolidou programas como a Semana do Bebê, que chegou a 127 municípios, mobilizando poder público e sociedade para cuidar melhor de suas crianças de até 6 anos.
América Latina
Graças aos avanços de Brasil, El Salvador, do México e do Peru, a América Latina está prestes a alcançar o objetivo também. A região, segundo o levantamento, promoveu uma queda de 64% nas mortes. “A América Latina está muito próxima do objetivo e, se seguir no atual ritmo, chegará à meta”, disse o diretor do Departamento de Estatísticas Sanitárias da OMS, Boerma Ties. Na região, a estimativa era de que 53 em cada mil crianças não chegavam aos 5 anos em
Menos mortes no mundo
Vários países ao redor do mundo estão diminuindo rapidamente a mortes de crianças, demonstrando que é possível reduzir de forma drástica a mortalidade infantil no espaço de duas décadas. O Relatório de Progresso 2012, intitulado O compromisso com a sobrevivência da criança: Uma promessa renovada, analisa as tendências nas estimativas de mortalidade de crianças pequenas, desde 1990, e mostra que, em todas as regiões do globo, as reduções mais significativas foram alcançados na mortalidade de crianças menores de 5 anos. Os dados divulgados hoje pelo UNICEF e pelo Grupo Interinstitucional de Estimativas sobre Mortalidade Infantil das Nações Unidas mostram que o número de crianças menores de 5 anos que morreram em todo o mundo caiu de quase 12 milhões, em 1990, para 6, 9 milhões, em 2011.
O relatório destaca que regiões onde se localizam os países e a situação econômica não são obstáculos para a redução da mortalidade na infância. Países de baixa renda, como Bangladesh, Libéria e Ruanda, de renda média, como Brasil, Mongólia e Turquia, e de renda alta, como Omã e Portugal, têm feito progressos impressionantes na redução das taxas de mortalidade de crianças menores de cinco anos, diminuindo este indicador em mais de dois terços, entre 1990 e 2011.
O relatório combina estimativas de mortalidade com uma descrição das principais causas de mortalidade infantil e de estratégias que são necessárias para acelerar o progresso. As mortes de crianças com menos de cinco anos estão cada vez mais concentrados na África sub-saariana e no Sul da Ásia, que juntos representaram mais de 80% de todas as mortes de crianças menores de cinco anos em 2011. Em média, uma em nove crianças da África sub-saariana morre antes do seu quinto aniversário.
Mais da metade das mortes por pneumonia e diarreia, que juntas respondem por quase 30% das mortes de crianças menores de cinco em todo o mundo, ocorrem em apenas quatro países: Índia, Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo. As doenças infecciosas são caracterizadas por questões relacionadas às desigualdades que afetam desproporcionalmente as populações pobres e vulneráveis, sem acesso a serviços básicos e de prevenção. Essas mortes são evitáveis.
Movimento global
Desde junho, mais da metade dos governos do mundo renovaram o seu compromisso com a redução das mortes de crianças. Entre as cinco ações prioritárias, os aliados da causa se comprometem a acelerar os progressos alcançados, concentrando-se em áreas onde o desafio da sobrevivência infantil é maior.
É necessário intensificar os esforços, em particular nos países mais populosos e que têm uma alta taxa de mortalidade. Além de fatores médicos e nutricionais, melhorias em outras áreas como a educação, o acesso à água potável e saneamento, a proteção da criança e empoderamento das mulheres, também aumentam as chances sobrevivência e desenvolvimento das crianças.
Com informações do Ministério da Saúde, Unicef e agências de notícias