O projeto que criminaliza as manifestações homofóbicas (PLC 122/2006) se vê as voltas em nova polêmica: a disputa pela relatoria. Aproveitando a vacância do cargo, com a indicação da antiga relatora, Marta Suplicy (PT-SP), para assumir o comando do Ministério da Cultura, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) correu para requisitar ao presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), para ser o novo relator. Malta é contrário ao texto, que Marta sempre defendeu.
No que depender de Paim, Malta não terá sucesso em sua empreitada. O petista defende que o substituto de Marta seja indicado pelo PT, já que o partido ocupava a vaga.
Por sugestão do Movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) Marta indicou a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), mas o PT tem, além do próprio Paim, mais dois senadores como titulares na Comissão — Ana Rita (ES) e Wellington Dias (PI) – e outros quatro suplentes.
Ao blog Poder Online, Malta alegou que reivindica a relatoria: “acho que ela caberia ao suplente da Marta, o vereador paulistano Antônio Carlos Rodrigues, que é do PR e evangélico como eu, mas não irá assumir no Senado. Depois, porque o Paulo Paim é pai e sogro de pastores evangélicos e tem o compromisso conosco de não favorecer a aprovação deste projeto”, argumentou Malta, mostrando clara intenção de apresentar relatório contra o projeto e, consequentemente, permitir que saiam “impunes” os que praticam violência contra a comunidade gay.
Com informações de agências de notícias
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