Suplicy fala sobre experiência da moeda social em Maricá

Em discurso na tribuna do Senado no começo da noite dessa segunda-feira (15), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) destacou a importância do cooperativismo para o desenvolvimento social e econômico. Como exemplo, o senador citou o sucesso da moeda social que circula no município de Maricá, no Rio de Janeiro, administrado pelo petista Washington Quaquá. Após levantamento sobre o perfil da cidade, formada por 130 mil habitantes, constatou-se que 70% das famílias tinham renda inferior a três salários mínimos; e mais de 13,5 mil famílias tinham renda de até um salário mínimo.

Segundo Suplicy, a partir desses dados o prefeito Quaquá pediu que estudos fossem realizados sobre a possibilidade de implantar na cidade uma moeda social, como forma de reverter os números da pesquisa. A moeda foi criada depois de a lei municipal 2.448, de 26 de junho de 2013, ser aprovada por unanimidade. Chama-se Moeda Social Mumbuca. “A moeda tem por objetivo a implantação da moeda social eletrônica, a criação do programa social Bolsa Mumbuca, a criação do Conselho Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social, formado com representação do poder público e da sociedade civil”, disse.

De dezembro 2013 até agora, muitos avanços já foram registrados. Maricá já criou o banco e o programa social Bolsa Mumbuca já contabiliza 14.126 famílias beneficiadas. Elas recebem 85 mumbucas, que, convertidas para o real, equivale a R$ 85. A previsão, de acordo com Suplicy, é que até 2016 o valor do benefício chegue a 300 mumbucas.

Ainda na área social, os cidadãos de Maricá têm disponível do banco social uma linha de crédito destinada aos micro e pequenos empreendedores, como agricultores familiares, pescadores artesanais, costureiras, cabeleireiras, tapeceiras, bordadeiras e todo o pessoal que tem o artesanato como fonte de renda. A linha de financiamento dá o direito de tomar empréstimo de até 15 mil mumbucas e pagar jugos de 0,25% ao mês. Dependendo do empreendimento, a carência, que é o prazo para começar a pagar, é de seis meses.

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