O ato em defesa da Petrobras, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos Petroleiros (FUP), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, reuniu sindicalistas, estudantes, intelectuais e trabalhadores da Petrobras. Ao falar aos participantes, Lula alertou que a movimentação de setores das elites contra o governo repete a mesma tentativa de criminalizar a política e projetos políticos mais identificados com os mais pobres. “Eles continuam fazendo hoje o que fizeram a vida inteira, como contra João Goulart, Getúlio e Juscelino Kubitschek. Como tentaram fazer comigo”.
Lula também alertou que a criminalização da política sempre tem péssimos resultados para a democracia; “Na Itália, depois de uma Operação Mãos Limpas que levou 1.080 pessoas à prisão, 14 ao suicídio e vários partidos à extinção, o resultado foi a ascensão de Berlusconi”. Sobre as denúncias envolvendo a Petrobras, o ex-presidente defendeu a apuração e punição de todas as irregularidades, mas condenou as tentativas de ferir uma empresa que tem 86 mil funcionários e é um dos orgulhos do País. E deu um conselho à presidenta Dilma Rousseff: “Dilma tem que deixar a investigação da Petrobras com a justiça. Ela tem que levantar a cabeça e dizer: ‘eu ganhei as eleições e vou governar o País”.
O ex-presidente destacou que há setores das elites profundamente incomodados com a melhoria na qualidade de vida dos mais pobres. “A elite não se conforma. Só que os pobres não passaram a comer a comida dos outros. Eles passaram apenas a comer o que era necessário”. Ele pediu aos militantes que não tenham “vergonha de ter ganho a eleição” e disse que, embora os derrotados (a oposição) estejam “muito desaforados”, é o momento de ganhar as ruas e “defender o que conquistamos. Temos que defender a democracia e a revolução social que aconteceu no Brasil”.
Assista ao vídeo com o discurso do ex-presidente Lula:
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