Fátima Bezerra critica projetos de financiamento empresarial e distritão

Fátima Bezerra: Se a reforma política enveredar por esse caminho, será uma contrarreforma, um retrocessoNesta quarta-feira (20), o Movimento Coalizão pela Reforma Política e Democrática e Eleições Limpas, que reúne cerca de 113 entidades dos movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais e organismos da sociedade civil promove um chamamento público contra o financiamento empresarial de campanha.

Afinado com a causa petista, que também defende que o poder econômico passe longe das próximas eleições, o movimento alerta para a perspectiva de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352, que, se for aprovada como está, constitucionaliza o financiamento empresarial e a adoção do chamado “distritão” – troca do sistema proporcional de eleições parlamentares pelo majoritário; ou seja, seriam eleitos os receptores do maior número de votos.

Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), aprovar esses dois pontos faria da reforma política uma “contrarreforma” política. “Se o caminho for esse, na verdade, significará um retrocesso, porque vai é acentuar, cada vez mais, as distorções, os vícios, inclusive a corrupção política eleitoral que ainda permeia. Infelizmente, o processo político-eleitoral no nosso País, deriva, em grande parte, da influência do poder econômico”, esclareceu, em pronunciamento ao plenário.

Segundo a parlamentar, há muitas semelhanças no que defende o Movimento e o PT. Para ela, é importante que a sociedade e os parlamentes percebam a responsabilidade que o Congresso Nacional tem. “Precisamos de uma reforma política com que todos nós sonhamos, e que ela venha na direção de trazer avanços, de oxigenar o processo político-eleitoral em curso no nosso País”, defendeu.

Educação

Fátima também enfatizou a nota do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na última segunda-feira (18), sobre o acordo celebrado entre o governo petista de Minas Gerais e os trabalhadores em Educação do estado.

O momento foi considerado histórico, porque consagrou o cumprimento da Lei do Piso, que estabeleceu um pagamento mínimo para os educadores . “É interessante porque Minas Gerais, um dos estados mais ricos da Federação, não obedecia à lei, sancionada em junho de 2008”, comentou a senadora. Ela destacou que, em cinco meses de governo, Fernando Pimentel “conseguiu fazer o que não foi feito em 12 anos pelos tucanos naquele estado”.

Ao mesmo tempo, a parlamentar potiguar lamentou o caminho trilhado por outros cinco estados (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Sergipe), onde os professores e outros profissionais da Educação estão em greve por seus direitos e o diálogo está inviabilizado, inclusive, por ações de truculência promovidas pelos Executivos locais.

Leia mais:

Walter Pinheiro defende fim da reeleição e reestruturação partidária

Lula elogia acordo histórico entre governo do PT e professores em Minas

To top