Viana disse que, se preços fossem mais baratos para o Acre, poderia favorecer o turismo localAo criticar o preço das passagens aéreas para o Estado do Acre, o senador Jorge Viana (PT-AC) comparou o valor de uma viagem para os Estados Unidos. Segundo o parlamentar, a companhia área Copa está oferecendo viagens de ida e volta do Brasil para o país norte-americano por R$ 1.112. Enquanto isso, apenas a passagem de ida do senador para o Estado da região Norte, nesta quinta-feira (17), custou R$ 1.200.
Viana lembrou que valores mais baixos poderiam favorecer o turismo para o Estado, em um momento em que o dólar está acima de R$ 3,80 e os brasileiros têm evitado viagens ao exterior. “Mas com as passagens nesse preço, vão terminar procurando um destino fora do Brasil pelo custo da passagem. É uma política burra que o nosso País está fazendo, exportando dinheiro, que está fazendo tanta falta aqui, queixou-se”
O tema vem sendo tratado constantemente pelo parlamentar. Em setembro, Viana promoveu uma audiência no Senado para debater os preços abusivos praticados pelas empresas aéreas brasileiras. Outro encontro sobre o tema ocorrerá na Casa no próximo dia 22 e deve contar com a presença do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, além de representates da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e das companhias aéreas.
O preço das passagens é tão alto que, para fazer o trecho Brasília-Acre, por vezes ele faz escala em Manaus para gerar menos gastos para os cofres públicos – os senadores são reembolsados pelas viagens.
Ponte
Viana fala sobre a audiência que tratará dos preços abusivos das passagens, na próxima terça-feira (22), no SenadoUm acidente ocorrido nas obras da ponte do Rio Madeira também foi lembrado pelo senador. O empreendimento fará a ligação entre Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Atualmente, quem faz esse percurso pela rodovia BR-364 precisa utilizar um serviço de balsas para atravessar o rio, um dos maiores da região amazônica.
Uma das balsas que faz essa travessia encostou em uma das colunas da ponte. De acordo com informações do jornal acriano A Tribuna, devido a esse acidente, o Ministério Público Federal pretende embargar a continuidade das obras – que vinham sendo constantemente postergadas.
“Ora, se é preciso fazer embargo tem que ser do serviço [das balsas] e deixar a obra, que vai nos livrar desse serviço, que é ruim, caro e é um esquema de exploração dos caminhoneiros, da população e que inviabiliza o desenvolvimento do Acre, de certa forma”, disse Viana.
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