“Eu acredito que agora é chegado o momento”, |
O líder do Governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE), defendeu aprovação do PLC 39/2013, enviado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, que tipifica a corrupção como crime hediondo e torna mais duras as punições. A proposta ainda prevê que a empresa corruptora seja enquadrada em vários outros crimes, sendo passível de multa e seu descredenciamento para participação em licitações públicas. A matéria foi aprovada, quinze dias atrás e encaminhada ao Senado. “Eu sou um daqueles que acham que nós deveríamos, os 81 Senadores, respeitando o clamor das ruas contra a corrupção, assinar a urgência para ele vir direto ao plenário; e aqui fazermos um grande debate e os ajustes, se porventura entendermos que são necessários. Mas não vamos deixar de assumir a nossa parte”, destacou.
Ao comentar sobre a proposta da presidenta Dilma de realizar um plebiscito sobre para formar uma Assembléia Constituinte para a realização da reforma política, Pimentel lembrou que a iniciativa já era bandeira do PT, quando foi sugerida pelo ex-presidente Lula. O senador petista enfatizou a gritaria geral em protesto à proposta. “Naquela época, grande parte dos meios de comunicação, que hoje estão favoráveis, infelizmente, disseram que o Presidente Lula queria dar um golpe de Estado, a exemplo da Venezuela. E aí nós tivemos que retirar da agenda o plebiscito da reforma política.
Reiterando fala de Lula, Pimentel disse ainda que a reforma política não seria feita sem Constituinte específica, “porque significa cortar na carne daqueles que estão disputando o processo eleitoral e principalmente dos que foram eleitos; e cortar na carne não é daquele de outro partido. É dos seus concorrentes, do seu partido ou da sua coligação. “Eu acredito que agora é chegado o momento”.
Como terceiro ponto que pode ser uma resposta do Congresso Nacional às manifestações dos últimos dias, José Pimentel enfatizou que está pronto para apreciação o Plano Nacional de Educação, que prevê maior aporte de recursos para o ensino público mediante os recursos do pré-sal, além de criar 239 estratégias para o setor desde o primeiro dia de educação até o pós-doutorado. “Vamos pedir urgência para agilizar o PNE”, acrescentou.