Líder mostra que indicadores mostram um certo “desanuviamento” da criseCom imaginação, empreendedorismo e um ambiente favorável para negócios, o Brasil poderá atravessar o momento adverso por que passa a economia, acredita o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE). Para ele, os bons resultados do Índice de Confiança do Comércio da Fundação Getúlio Vargas mostram que os brasileiros percebem os esforços do governo para restaurar o rumo do crescimento. Em fevereiro, o indicador subiu 0,7 ponto, atingindo a marca de 69,1 pontos, o maior nível desde agosto. Foi a segunda alta consecutiva do índice.
“Obviamente, o momento não é fácil, mas é com trabalho e ousadia que conseguiremos reverter a situação adversa e devolver à economia a solidez de que precisamos para avançar no desenvolvimento inclusivo que começamos a trilhar na última década”, disse.
Humberto comemorou o fato de que esse e outros indicadores demonstram “um certo desanuviamento da crise econômica, com reflexos positivos para a nossa população”. Entre os bons resultados, o líder citou o saldo positivo de quase 15 bilhões de reais nas contas do governo federal. Foi um patamar que já não se via há oito meses e que representa o melhor janeiro dos últimos três anos, demonstrando que o governo Dilma tem sido rigoroso com suas despesas.
Ele também destacou que a inflação tem sido duramente combatida. Já no mês de fevereiro, a alta de preços perdeu força nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas, graças a medidas decisivas tomadas pelo governo da presidenta Dilma, como a redução das tarifas de energia elétrica residencial.
Para Humberto, o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma, com corte de gastos e propostas para aumentar a arrecadação e manter os investimentos em bom nível, será o caminho para a recuperação.
Outros dados mostram que a relação entre o que o Brasil compra de outros países e o que vende está favorável. Em fevereiro passado, o país teve o melhor resultado da balança comercial para esse mês desde 1989, quando foi iniciada a série histórica.
Dificuldades pontuais
Humberto admitiu dificuldades pontuais a serem enfrentadas, como o desemprego – especialmente no setor de indústria, onde o ritmo de criação de vagas está em desaceleração. “No entanto, os brasileiros têm aproveitado o desafio para oferecer suas competências e suas capacidades contra um cenário desfavorável”, observou, lembrando que a taxa brasileira de empreendedorismo é superior à dos Estados Unidos, México, Alemanha e países que compõem o Brics (bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“É um dado impressionante, que nos impõe a obrigação de discutir no Congresso Nacional uma agenda que ofereça aos brasileiros alternativa para contornar as dificuldades pelas quais a economia vem passando”, sugeriu. Ele propôs ainda a promoção de ações que melhorem o ambiente de negócios, reduzindo a burocracia, simplificando a legislação, facilitando o crédito e incentivando a educação empreendedora.
Logística
Humberto citou investimentos do governo em logística para demonstrar o empenho do governo em manter as contas sob controle e racionalizar os gastos. “Sem dúvida, foi fundamental o pagamento de 65% do valor de outorga da concessão de hidrelétricas leiloadas no ano passado – o equivalente a 11 bilhões de reais, que ingressaram em janeiro passado. Mas, por outro lado, isso mostra que a política de investimentos em logística adotada pelo governo federal está em marcha para nos dar mais resultados favoráveis”, disse.
O líder antecipou que irá a Petrolina, em Pernambuco, participar do lançamento de um plano nacional de exportação voltado à fruticultura irrigada, com a finalidade de dinamizar a agricultura local e aumentar a quantidade de produtos exportados.
Giselle Chassot
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