Paim registrou que, depois de onze anos de governos |
Os avanços alcançados pelo Brasil no campo da educação técnica profissionalizante equivalem a uma revolução. “Nem sempre o que se faz de bom no País tem visibilidade”, avalia o senador Paulo Paim (PT-RS). “Felizmente, graças principalmente à internet e às redes sociais, os brasileiros começam a perceber o papel que a expansão desse setor educacional desempenha e desempenhará cada vez mais no nosso desenvolvimento”, afirmou o senador, em pronunciamento ao plenário, nesta quinta-feira (24).
A “revolução silenciosa” do ensino técnico é uma das grandes conquistas dos governos petistas de Lula e Dilma, destacou Paim. “Antes de 2003, a realidade do ensino técnico profissionalizante era de fracasso, o que era extremamente grave, levando-se em conta que éramos um País que se dizia em vias de desenvolvimento”. Essa condição, reivindicada no discurso dos governantes da época, não se expressava nos investimentos para a criação de uma base tecnológica e científica, muito menos na formação dos profissionais que iriam atuar nesse processo.
“Foi preciso que Lula chegasse à presidência da República para que essa realidade fosse alterada”, afirmou Paim. O Brasil, que nos 90 anos anteriores a 2003 tinha conseguido criar apenas 100 escolas técnicas, alcançou, em 11 anos de governos petistas, a marca de mais de 400 dessas escolas, campi de educação técnico-profissionalizante e institutos federais de educação. Nesses 11 anos, o governo federal investiu R$ 1 bilhão nessas escolas, além de repassar mais R$ 5,1 bilhões aos estados para garantir a construção de mais 176 estabelecimentos e a reforma de outras 543 instituições.
“É claro que ainda não chegamos ao ponto ideal, ainda precisamos aperfeiçoar muitas coisas”, avaliou o senador, “mas estamos no caminho certo.” Paim também elogiou o Pronatec, iniciativa do governo federal que, por meio de parcerias com as entidades do Sistema S (Senai, SESI e Senac) já assegurou mais de 350 mil matrículas gratuitas em cursos de formação profissional. Paim lembrou que a meta do programa é chegar aos 8 milhões de matrículas.
O senador gaúcho, que formou-se operário metalúrgico no Sesi, assim como o ex-presidente Lula, sempre dedicou seus mandatos parlamentares à valorização do ensino técnico profissionalizante. E defendeu a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 24/2005, de sua autoria, que fortalece ainda mais o setor, por meio da criação de um fundo que será sustentado por 2% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e mais 3% do PIS/PASEP. “Meu sonho é ver pelo menos uma unidade de ensino técnico profissionalizante em cada cidade do Brasil”, afirmou Paim.
Cyntia Campos