Reforma trabalhista

Vitória no Senado esquenta greve geral do dia 30

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a expressiva vitória obtida nesta manhã só foi possível pela pressão das ruas contra as reformas governistas
Vitória no Senado esquenta greve geral do dia 30

Foto: Alessandro Dantas

Senadores de oposição receberam, na tarde desta terça-feira (20), representantes de centrais sindicais para avaliarem estrategicamente os próximos e passos da reforma trabalhista no Senado após a rejeição do relatório ao projeto produzido pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a expressiva vitória obtida nesta manhã só foi possível pela pressão das ruas contra as reformas governistas. “Temos de continuar essa mobilização. Só com o povo na rua conseguiremos força suficiente para fazer o enfrentamento à essas reformas do governo”, disse.

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), lembrou a greve geral do último dia 24 e disse que a mobilização da classe trabalhadora nos estados foi fundamental para o fortalecimento da oposição dentro do Congresso.

“A greve geral da próxima semana será fundamental para enterrarmos essas reformas de vez. Precisamos nos mobilizar rapidamente para a votação na Comissão de Constituição e Justiça. O governo se sustentava apenas por conta do mercado financeiro e das reformas. Depois de hoje, até para esse pessoal, o governo acabou. Quem estava com o governo agora está balançando”, disse.

Para o líder da Minoria, Humberto Costa (PT-PE), o resultado obtido na votação da reforma trabalhista no dia de hoje, representa uma “grande derrota” do atual governo. “Essa é uma demonstração clara do enfraquecimento desse governo e o início do processo de debandada”, avaliou.

O resultado da votação realizada hoje é fundamental para alavancar a greve geral convocada para o próximo dia 28, na avaliação do senador Paulo Rocha (PT-PA). “Sem a mobilização nas ruas não teremos essa força que tivemos hoje durante a comissão. Os senadores da base governista estão fugindo da discussão de mérito da reforma”, apontou.

De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a base do governo deseja apenas institucionalizar o “bico” ao promover a precarização do trabalho com o discurso “falacioso” de promoção da geração de empregos.

https://www.facebook.com/PTnoSenado/videos/1352227514855414/

 

“Eles querem a criação de emprego sem carteira assinada, sem contratação de categoria, sem acompanhamento do sindicato de classe e da Justiça do Trabalho. Você vai precisar negociar melhores condições com o seu patrão sozinho. É isso que eles querem”, disse. “Essa bancada brigou muito pelos trabalhadores. A negação da política é a pior coisa que tem. Isso atende apenas ao fascismo. Tem gente séria aqui”, emendou.

Edson Carneiro, da Intersindical, também elogiou o comportamento da bancada de Oposição e disse que os apoiadores dessas reformas merecem ser lembrados e cobrados pela população em seus estados.

“Vamos continuar pressionando os senadores contra a reforma trabalhista. Conquistamos uma importante vitória hoje, mas a luta continua. Precisamos para o Brasil no dia 30 para enterrar de vez todas essas reformas”, salientou.https://www.youtube.com/watch?v=KLbmGV2mnv8

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