Hage, da Controladoria-Geral da União, diz em vídeo ao iG que não faz sentido entidade repassar convênio integralmente a empresas
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, acredita que mesmo que a seleção das Organizações Não-Governamentais (ONGs) seja feita corretamente pelo governo, é preciso acompanhar a subcontratação de empresas pela entidadade.
A ideia do ministro é vedar a subcontratação integral do objeto do convênio porque elas podem estar sendo usadas como intermediária para empresas. “Isso é uma burla, porque se fosse empresa o governo teria de contratar mediante licitação.”
Em entrevista ao iG, Hage também comenta a suspensão de pagamentos a cerca de 3 mil convênios da União com Organizações Não-Governamentais (ONG), alvos de escândalos que ajudaram a derrubar cinco ministros neste primeiro ano de governo de Dilma Rousseff.
Auditores precisam quintuplicar
Diante dos volumosos investimentos públicos que estão por vir por conta da Copa de 2014, da Olimpíada de 2016, entre outros, Hage defente a ampliação do quadro de auditores da CGU para “cinco vezes mais”.
O ministro diz que a CGU já atua com um déficit de cerca de 500 auditores e espera que, para o próximo ano, o ministério do Planejamento autorize concursos para aumentar os quadros da casa. “Sem dúvida precisávamos de mais pessoal”, diz o ministro.
À frente da CGU desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Hage diz que não foi a corrupção que aumentou nos últimos dois governos, mas a apuração dos casos e das denúncias, que se tornou mais efetiva. Antes tudo ficava “debaixo do tapete”, diz o ministro.
Severino Motta e Danilo Fariello, iG Brasília