O Ministério da Saúde está ampliando em mais 3,6 mil leitos a rede de assistência aos usuários de crack e outras drogas no Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2014, serão criados cerca de 2.462 novos leitos, e outros 1.138 se tornarem enfermarias especializadas em álcool e drogas. Essas unidades realizam internações de curta duração e oferecem atendimento aos dependentes químicos.
No âmbito do plano “Crack, É Possível Vencer”, o Ministério da Saúde também vai financiar a abertura de mais 7.780 vagas em unidades de acolhimento, que abrigarão os dependentes químicos por até seis meses para estabilização clínica e controle da abstinência.
Até 2014, serão investidos pelo Ministério da Saúde R$ 2 bilhões para a implantação e qualificação de novos serviços, que compõem a Rede Conte Com a Gente. “Temos que oferecer um novo projeto de vida ao dependente químico porque a relação com a droga tem relação com o lugar onde ele vive, com o espaço social, a sua condição na família. Isso exige serviços de saúde diferentes para necessidades diferentes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Integram a rede de atenção a dependentes químicos os consultórios na rua, as enfermarias especializadas em álcool e drogas, as unidades de acolhimento adulto/infantil, os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24 horas (CAPSad) e as instituições da sociedade civil que fazem atendimento a dependentes químicos, que serão habilitadas a receberem recursos do SUS se cumprirem critérios de qualidade do atendimento. A rede está interligada também aos serviços da atenção básica e ao atendimento de urgência e emergência.
As ações do plano de enfrentamento ao crack estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. Os recursos serão liberados mediante adesão de estados e municípios. “O enfrentamento ao crack e outras drogas se dará por meio de um grande esforço para reorganizarmos a rede, que funcionará integrada, oferecendo acolhimento e qualidade no atendimento”, afirma Padilha.
Os 3,6 mil leitos nas enfermarias especializadas em álcool e drogas serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. São serviços que atenderão com equipe multiprofissional crianças, adolescentes e adultos. Para estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação deve crescer 250%.
O atendimento será reforçado no SUS com a criação de unidades de acolhimento, que terão equipe profissional disponível 24 horas para cuidados contínuos. Essas unidades cuidarão em regime residencial por até seis meses, e realizam a estabilização do paciente e o controle da abstinência. Para o público adulto, serão criados 408 estabelecimentos, com investimentos de R$ 265,7 milhões até 2014. Já para o acolhimento infanto-juvenil, serão 166 pontos, exclusivos para o público de
Além da ampliação de leitos, nos locais em que há maior incidência de consumo de crack serão criados 308 consultórios na rua, que farão atendimento volante. Hoje, há 92 unidades em funcionamento no País. Esses serviços contam com profissionais que fazem intervenções de saúde para população em situação de rua em seu contexto, incluindo locais de uso público de drogas, as chamadas cracolândias. As equipes são compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Outra frente do plano é reforçar o atendimento nos CAPSad, que passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Fonte:
Ministério da Saúde