A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,715 bilhão em fevereiro, valor 43,6% superior ao registrado em fevereiro de 2011, segundo dados divulgados há pouco (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 18,028 bilhões e importações de US$ 16,313 bilhões. Esse é o melhor resultado mensal desde fevereiro de 2009, quando a balança comercial teve superávit de US$ 1,8 bilhão.
A média diária de embarques externos de fevereiro foi US$ 948,8 milhões. Nas compras internas, a média diária registrada ficou em US$ 858,6 milhões. Quando comparado ao mesmo período de 2011, os embarques externos aumentaram 13,4% e as importações avançaram 10,5%.
Em janeiro, nas quatro semanas do mês, a balança comercial registrou déficit. Já em fevereiro, foi registrado o primeiro superávit comercial do ano. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 34,169 bilhões e as importações, U$S 33,746 bilhões, com saldo positivo de US$ 423 milhões.
Na comparação com fevereiro do ano passado, as exportações melhoraram por conta do aumento de vendas de produtos básicos (+36,6%), de semimanufaturados (+25,29%) e de manufaturados (+18%). No caso dos produtos básicos, os destaques foram soja em grão, algodão em bruto e minério de cobre. Nos semimanufaturados, o aumento ocorreu, principalmente, por conta dos embarques externos de ferro/aço (+98,8%), ferro fundido (+48%) e ouro semimanufaturado (+38,1%).
Do lado das importações, utilizando a mesma base de comparação, houve aumento, pela média diária, em quatro categorias: bens de capital (+18,6%), bens de consumo (+14,2%), matérias-primas e intermediários (+7,3%) e combustíveis e lubrificantes (+4,1%). No caso dos bens de capital, os destaques foram para máquinas industriais e aparelhos para escritórios. Já para bens de consumo, o aumento foi puxado pela compra de produtos alimentícios, farmacêuticos, vestuário, bebidas, entre outros.
Nos dois primeiros meses de 2012, os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras, somando US$ 4,6 bilhões. Na sequência, aparecem a China e a Argentina, que atingiram US$ 4 bilhões e US$ 3,1 bilhões, respectivamente. No caso das importações, o principal fornecedor foi a China, que exportou US$ 2,641 bilhões em produtos ao Brasil, seguido pelos Estados Unidos (US$ 2,368 bilhões) e pela Alemanha (US$ 1,124 bilhão).
Agência Brasil