“A proposta anistia os grandes, quem desmatou e, além disso, não prevê a recuperação da área degradada”, dia Jilmar Tatto (PT-SP)
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), lamentou a aprovação, nesta quarta-feira (25/04), pelo plenário da Câmara, do parecer do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) ao projeto do novo Código Florestal (PL 1876/99). Para Jilmar Tatto, o texto aprovado representa “um retrocesso” para o meio ambiente e uma perda para o País.
“A proposta anistia os grandes, quem desmatou e, além disso, não prevê a recuperação da área degradada. É um retrocesso daquilo que estamos fazendo todo o esforço para construir, que é o crescimento sustentável, motivo de orgulho e que tem sido elogiado por outros países”, ressaltou.
Ainda de acordo com o líder do PT, o texto aprovado traz insegurança jurídica que poderá levar a dois caminhos. “Existem contradições no texto, itens aprovados na Câmara e no Senado e que foram retirados. Então, pode levar a uma questão judicial e cair tudo por terra e ficarmos sem legislação. Outra possibilidade é o veto, porque tem partes no relatório que são inaceitáveis. Vamos ver o que a presidenta Dilma vai fazer”, disse Tatto.
O líder citou, por exemplo, o artigo que permite a manutenção, em áreas de preservação permanente (APPs), de atividades agropecuárias consolidadas até 2008; e a retirada das regras para as áreas a serem recompostas nas margens dos rios mais largos. O texto apenas prevê que para cursos d’água com até
Após a votação o líder do PT constatou que bancada ruralista não teve uma votação expressiva de apoio ao texto. “Eles imaginavam ter mais de 400 votos favoráveis e o texto foi aprovado apenas com
Os deputados Bohn Gass (PT-RS) e Márcio Macêdo (PT-SE), que também coordenaram o encaminhamento da votação em plenário, consideraram que o País perde com a aprovação do texto. “É lamentável, pois prejudica o nosso País. O relator anistiou os grandes latifundiários, trabalhou para apenas 1% , que detém mais de 40% da área da terra no Brasil”, disse o deputado Bohn Gass.
Para o deputado Márcio Macêdo, o texto aprovado “transformou uma legislação florestal num código eminentemente agrícola”. “Não foi um bom recado que a Câmara deu para as futuras gerações e espero que a presidenta Dilma possa fazer as correções devidas”, frisou o petista.
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