300 reais

Bolsonaro revela crueldade ao reduzir valor do auxílio emergencial

Para os senadores do PT, o novo valor do auxílio emergencial anunciado por Bolsonaro não garantirá o mínimo de dignidade ao povo brasileiro
Bolsonaro revela crueldade ao reduzir valor do auxílio emergencial

Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (1º) que irá prorrogar o auxílio emergencial por quatro meses, mas reduzirá o valor para R$ 300, metade do valor pago até agosto. Bolsonaro agora deve enviar uma medida provisória (MP) ao Congresso para fixar a mudança e a prorrogação.

“Chega a ser desumano diminuir o auxílio emergencial sabendo que tanta gente precisa desse recurso para comer. 600 reais já não protegem as famílias da fome, imagina 300 reais. Faz falta para o povo, Bolsonaro. Se for para tirar de alguém, que seja de quem tem de sobra: os ricos”, defendeu o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) lembra que o valor de R$ 600 pago até agosto foi fruto da luta da Oposição no Congresso Nacional. A proposta inicial do governo era pagar R$ 200 mensais como auxílio aos afetados pela pandemia.

“O auxílio emergencial de R$ 600 foi fruto da luta da oposição, contra a vontade do governo, que queria dar R$ 200. Reduzir o auxílio para R$ 300 é cruel com milhões de trabalhadores que sofrem com a pandemia. Nossa proposta é manter os R$ 600 até o final de 2020”, apontou.

Para os senadores, o novo valor do auxílio emergencial anunciado por Bolsonaro não garantirá o mínimo de dignidade ao povo brasileiro.

Proposta do PT
O senador Paulo Rocha (PT-PA) apresentou Projeto de Lei (PL 3712/2020) para garantir que o lucro obtido pelo Banco Central (BC) com as reservas cambiais brasileiras possa ser utilizado para financiar a prorrogação do auxílio emergencial no valor de R$ 600 até o final do ano.

Apenas no primeiro semestre deste ano, o lucro do BC com a equalização cambial girou em torno de R$ 500 bilhões.

“Esta extensão é crucial para reduzir os impactos sociais e econômicos da crise sanitária sobre os mais vulneráveis, que estão perdendo renda e ocupações em função da pandemia”, afirma Paulo Rocha.

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