O senador Jean Paul Prates (PT-RN) alertou para os prejuízos que a atual política de preços praticada pela Petrobras tem trazido para os consumidores brasileiros. Desde 2016, na gestão Michel Temer, a empresa Petrobras pratica política de alinhamento dos preços internos dos combustíveis com o câmbio e com os preços internacionais.
É justamente esse alinhamento, de acordo com o senador, que tem feito o preço do combustível subir de forma desenfreada em 2021. A Petrobras já anunciou, neste ano, dois aumentos para a gasolina e um para o diesel.
Com um reajuste de 7,6% anunciado em 8 de janeiro e outro de 5% no dia 26 do mesmo mês, a gasolina já acumula cerca de 13% de alta nas refinarias neste ano. Já o diesel, pivô do descontentamento dos caminhoneiros que levou a paralisações isoladas nos últimos dias pelo país, foi reajustado em 4,4%.
“Isso acontece não apenas pela variação cambial do dólar e pelos preços do petróleo mundialmente, mas também por uma falta de política de controle por parte do governo federal e da estatal para evitar a escalada exponencial e frequente dos preços”, explica o senador.
Outro problema apontado pelo senador com a atual política de preços é a ausência de previsibilidade com relação ao preço do combustível nas próximas semanas. Essa situação decorre, para ele, do desmonte promovido da estrutura da Petrobras, o que torna o país mais vulnerável as oscilações de preços do barril no mercado internacional. Isso porque a política de paridade internacional de preços atende unicamente aos interesses mercadológicos.
“Essa situação é mais um reflexo de como nosso país é ameaçado pelos desmontes que afetam a preservação do papel estratégico da Petrobras e como a crise na disputa do petróleo precisa ser debatida para as gerações seguintes”, alertou Jean Paul.