A CPI da Covid chega ao seu desfecho nesta terça-feira (26) após quase seis meses de trabalhos de investigação parlamentar com a votação do relatório final com a possível inclusão de novos indiciados por práticas de delitos ao longo da pandemia de Covid-19.
O documento lido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) na semana passada já contava com 68 nomes entre pessoas físicas e jurídicas. Mas, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), novos nomes devem surgir no documento que será votado pelo colegiado amanhã.
“Estamos fazendo um pente-fino no relatório final da CPI da Covid e incluindo algumas pessoas que estavam faltando para indiciar. Creio que o chamado G7 vai votar de forma unânime no relatório na próxima terça-feira”, disse o senador.
Dentre os nomes que devem surgir no relatório estão o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários e o tenente-coronel Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Os dois se envolveram na negociação fraudulenta de 400 milhões de doses de vacinas envolvendo a empresa Davati e o Ministério da Saúde. Imunizantes que a empresa norte-americana sequer possuía.
O relatório do senador Renan Calheiros para ser aprovado pela CPI precisa de maioria simples dos membros do colegiado. Basta que seis dos 11 membros votem favoravelmente ao texto para que ele seja aprovado.
Mas este não é o único relatório apresentado até o momento pelos integrantes da CPI. Outras propostas paralelas, os chamados votos em separado, já estão no sistema do Senado e serão lidos amanhã.
Até o momento, três senadores registraram votos em separado: Marcos Rogério (DEM-RO), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Nos casos de Alessandro e Izalci, os textos apresentados são colaborações ao relatório principal. Outro senador que deve apresentar proposta alternativa é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Cada senador terá até 20 minutos para fazer a exposição do voto em separado. Em seguida, abre-se o processo de discussão, no qual cada senador e senadora terá 15 minutos para se manifestar. Ao término do debate, o relatório do senador Renan Calheiros será submetido à votação.