Senador afirma que seu compromisso é com |
Em discurso na tribuna do Senado na tarde desta quinta-feira (29), o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), escolhido pré-candidato ao governo do Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, foi veemente ao condenar as recentes ações de seus adversários políticos no estado por meio da deturpação de informações. Delcídio explicou que o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) foi induzido por um parlamentar do MS a fazer duras críticas a um projeto que teria o senador como autor e, de posse da declaração, a notícia errada foi disseminada na capital. “Mas ontem o deputado Garotinho desmentiu. A indução foi tamanha que disseram que tentaram mudar a votação na Câmara quando o projeto em questão nunca saiu do Senado”, afirmou.
O projeto do senador é o PLS nº 354/2009 que estabelece regras para a repatriação de capital por parte de empresas interessadas em trazer de volta os recursos remetidos ao exterior de maneira legal, por meio das contas CC-5, a chamada Carta Circular número 5 do Banco Central. Essas contas, autorizadas pela autoridade monetária, eram utilizadas na década de 1990 para remessas ao exterior. O motivo de quem remetia dinheiro para outros países era unicamente o de proteger o patrimônio das fortes oscilações do dólar no mercado interno e por causa da insegurança jurídica causada pelos sucessivos planos econômicos. “O projeto trata da repatriação do dinheiro bom. Agora, numa operação ardilosa, um parlamentar específico tentou induzir o deputado Garotinho contra um projeto que apresentei no Senado. Tenho fortes indícios que esse parlamentar é irmão do meu adversário”, anunciou Delcídio.
Ele observou que o PLS nº 354/2009 continua no Senado, especificamente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que presidiu por dois anos. Está parado porque reconhece que o tema sempre poderá receber contribuições. A origem do projeto surgiu após a CPMI dos Correios, quando especialistas, advogados, do Ministério Público, das indústrias, da Polícia Federal, do Ministério da Fazenda, do Banco Central, do Ministério da Justiça e outros representantes de entidades do sistema financeiro começaram a discutir a necessidade de criar um mecanismo legal para permitir a uma empresa ou pessoa física trazer o dinheiro que enviou para o exterior.
“O projeto tão sério como este, evidentemente polêmico, pode levar a conclusões. Mais uma vez foi explorado por essa minoria de viúvas inconsoláveis que a cada dia que passa vê derreter esse estilo de fazer jornalismo e política que o Brasil tanto condena. Como mentira tem perna curta e a verdade sempre aparece, o deputado Garotinho desmentiu”, enfatizou.
O senador afirmou que a população de seu estado não aceita mais esse tipo de expediente, ardiloso, malicioso e, às vezes, odioso por parte dos adversários que representam a velha política. “O povo quer discutir programas e projetos. Eu isso tenho. Tivemos a honra de receber o presidente Lula, uma liderança não só do Brasil, mas mundial, e mesmo no governo da presidenta Dilma, o estado com seus 79 municípios sempre recebeu apoio. O Mato Grosso do Sul reconhece tudo o que está sendo feito na área de inclusão social, na habitação, logística, na infraestrutura, em saúde e educação. Avançamos muito com Lula e Dilma e o povo não quer voltar para trás”, enfatizou.
Por esta razão, disse ele, continuará percorrendo o estado e conversando com lideranças de todos os setores, de qualquer coloração partidária, porque seu compromisso é com a população do estado. Em aparte, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) elogiou seu compromisso e senadoras Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Ana Amélia (PP-RS) reconheceram o posicionamento republicano de Delcídio.
Marcello Antunes
Leia mais:
Elogios nos jornais ao projeto de repatriação de capitais de Delcídio
Para Delcídio, Tombini foi cauteloso sobre repatriação de recursos