“Os atendimentos extrapolam o âmbito meramente policial e local”, afirmou a senadora. “A alteração é oportuna e necessária, não só para conferir o devido respaldo legal à execução desse serviço de extrema relevância para a sociedade brasileira, mas também para possibilitar a institucionalização e expansão dele”, completou Ana Rita, ao posicionar-se favoravelmente ao projeto que é fruto da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Violência Contra a Mulher.
Desde a criação, em 2005, até 2012, o Ligue 180 realizou quase três milhões de atendimentos, que não se limitaram ao registro das denúncias de violência. As mulheres atendidas também receberam orientação sobre direitos, foram encaminhadas para outros serviços e registraram reclamações sobre os serviços da rede de atendimento, sugestões de políticas públicas e elogios.
“Essa oferta de atendimentos ampla e complexa, que atualmente ocupa mais de duas centenas de pessoas, alcança todos os rincões do País, ganhando ainda maior importância nas localidades em que não há serviços especializados, sobretudo nos municípios de menor porte”, ponderou Ana Rita, destacando ainda que o canal de atendimento funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluídos os feriados.
A capilaridade do Ligue 180 já ganhou até reconhecimento internacional. Atualmente, o número atende, além do Brasil, outros três países: Itália, Espanha e Portugal, para receber denúncias de maus tratos e de tráfico de mulheres.