A política econômica desastrosa da dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes tem punido os brasileiros com alta inflação e impacto nos mais diversos setores da economia, minando o poder de compra do salário dos trabalhadores. Mas a política de dolarização dos combustíveis iniciada por Michel Temer e mantida pelo atual governo tem sido demasiadamente perversa com os cidadãos.
Levantamento realizado pela consultoria Global Petrol Prices, com dados da segunda-feira da semana passada (11), mostram que o preço do litro da gasolina no Brasil está cerca de 15% acima da média praticada em 170 países. Do maior para o menor preço apurado, o Brasil ocupa a posição 53 no ranking de países com o maior preço da gasolina.
Na data apurada, o litro do combustível nos postos brasileiros custava R$ 7,192, valor coletado pela consultoria junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP) — atualmente, está em R$ 7,22. A média mundial era de R$ 6,29. Nesta quarta-feira (20), postos da capital do país já registravam o combustível sendo comercializado a R$ 7,89. Provavelmente, aumento fará o Brasil subir mais algumas posições no ranking.
“Energia, gasolina, gás de cozinha, cesta básica. Está tudo caro. O trabalhador e a trabalhadora não aguentam mais arcar com as despesas essenciais, e o governo federal, desastroso, não se move para amenizar o impacto no orçamento do povo”, criticou o senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator de propostas que propõem soluções para modificar a trágica estratégia de reajustes atual.
O Plenário do Senado aprovou, no dia 10 de março, o projeto de lei que cria regras para estabilização dos preços de combustíveis (PL 1.472/2021). De autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), a proposta cria um sistema de bandas de preços, que limitará a variação, e uma conta federal para financiar essa ferramenta. Além disso, estabelece um auxílio de até R$ 300 mensais para motoristas autônomos de baixa renda. O projeto aguarda análise da Câmara dos Deputados.
Etanol também aumenta
Entre os dias 10 e 16 de abril, o litro do etanol chegou a R$ 5,241 na média nacional, contra R$ 5,014 na semana imediatamente anterior, segundo a ANP. A alta foi maior que o avanço da gasolina (+0,37%) no mesmo período.
“Com Bolsonaro, todo dia é dia de aumento. Mais um aperto no bolso do povo brasileiro, que já paga, em média, R$ 7 pelo litro da gasolina. Um verdadeiro descalabro econômico”, disse o senador Rogério Carvalho.
(Com informações de agências de notícias)