CAE aprova novo nome para presidir Autoridade Olímpica

CAE aprova novo nome para presidir Autoridade Olímpica

Para Lindbergh, o futuro presidente da APO deve evitar que o legado olímpico promova a desigualdade.

No Rio, o que me preocupa, é que tudo está
sendo concentrado na Barra da Tijuca,
incentivando a especulação das
incorporadoras (Crédito: Agência Senado)

O general do Exército, Fernando Azevedo e Silva, especialista na área de desporto do Ministério da Defesa, integrante de diversos comitês esportivos e responsável pelo êxito do 5º Jogos Militares realizado no Rio de Janeiro em 2011, teve seu nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado após ser sabatinado por senadores na manhã desta terça-feira (15) para presidir a APO – Autoridade Pública Olímpica. Azevedo e Silva disse que seu maior objetivo será aplicar as obrigações assumidas a partir do momento que a cidade do Rio de Janeiro colocou sua candidatura para sediar as Olimpíadas de 2016. “A função da APO é estreitar o relacionamento entre a União, o estado e o município na execução das obras ou na aplicação dos serviços essenciais”, afirmou.

Vários senadores, entre eles Eduardo Suplicy (PT-SP), questionaram o futuro presidente da APO sobre o legado que será deixado para o País e para a sociedade. Azevedo e Silva lembrou que nas Olimpíadas de Londres, por exemplo, havia um certo distanciamento da sociedade com o evento, mas bastou surgirem as primeiras medalhas para contagiar todo o país. No caso brasileiro, ele acredita que a atividade esportiva dará um salto de qualidade porque vários pólos poderão ser utilizados pela população, estendendo-se depois para outras regiões do País.

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Senador Eduardo Suplicy quis saber sobre o
legado das obras das Olimpíadas de 2016
(Crédito Agência Senado)

“A Olimpíada de 2016 será duas vezes maior que os jogos militares, quando recebemos cinco mil atletas de 111 países. Vamos receber 10 mil atletas de 200 países. Posso dizer que os jogos militares foi um evento teste de sucesso em duas áreas. Pela estrutura enxuta e porque ficamos no primeiro lugar no quadro de medalhas”, disse – Azevedo e Silva ao observar que o Exército tem atraído para seus quadros esportistas de alto rendimento, de diversas modalidades.

O presidente da CAE mostrou preocupação sobre o legado que ficará para a cidade do Rio de Janeiro após as Olimpíadas e Paraolimpíadas. “Em Barcelona, houve a revitalização das áreas degradadas. No Rio, o que me preocupa, é que tudo está sendo concentrado na Barra da Tijuca, incentivando a especulação das incorporadoras. Este está sendo o símbolo da concentração. Em outras cidades tivemos o adensamento e na minha opinião o equivoco foi não recuperar o centro do Rio”, disse Lindbergh. Para ele, o futuro presidente da APO deve evitar que o legado olímpico promova a desigualdade.

Marcello Antunes

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