economia

Formalização do emprego chega a 61,1% no país em abril

Projeções de analistas reveem projeções para 2023 com crescimento de ofertas com carteira assinada

indústria

Formalização do emprego chega a 61,1% no país em abril

Para economista da LCA Consultores, "o que tem surpreendido é a magnitude da melhora do setor formal". Foto: José Paulo Lacerda/CNI

O índice de formalização do mercado atingiu 61,1% no trimestre concluído em abril, o maior nível desde o início da série histórica, em 2016 – com a exceção do ano de 2020, quando a taxa teve um salto em meio à onda de demissões ocorridas na pandemia, afetando sobretudo as camadas de renda mais baixa. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua.

Com as constantes melhoras na economia, especialistas estão revendo projeções do crescimento do emprego formal no país, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (21/6) pelo jornal Valor Econômico.

O cenário difere fortemente daquele construído no desgoverno Bolsonaro, especialmente durante a pandemia, quando houve aumento da informalidade. Afinal, a aposta do ministro-banqueiro Paulo Guedes era a geração de empregos de pior qualidade e baixa remuneração. Dos 1,9 milhão de empregos criados no setor privado nos 12 meses encerrados em abril, 705 mil postos formais foram gerados apenas nos quatro primeiros meses do governo Lula.

“Tanto o Caged quanto a Pnad vêm mostrando aumento da oferta de vagas formais”, constatou o economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, em entrevista ao Valor. “De certa forma, isso faz parte do processo de normalização do mercado de trabalho, após um início de recuperação pós-pandemia focado no setor informal. O que tem surpreendido é a magnitude da melhora do setor formal”, declarou o economista.

Vagas formais

A LCA avalia que haverá criação de 1,5% milhão de postos formais de trabalho em 2023. Já a Tendências Consultoria calcula que haverá a abertura de 1,2 milhão de vagais formais no Caged neste ano. Os empregos devem empurrar a taxa de desemprego para 8,0%, destaca a consultoria. A LCA também considera que a taxa de formalização deve se manter estável em relação ao ano passado.

Ao jornal, ele pontuou que o aumento da formalização se deve, em parte, a dois fatores: a volta ao emprego no pós-pandemia não se concentrou apenas no setor privado, mas também, na esfera pública, como escolas e hospitais, uma vez que o governo Lula voltou a priorizar o setor.

Para Imaizumi, a maior parte desses empregos pode ser explicada pela normalização das atividades, não apenas de escritórios e lojas, mas também nas escolas e hospitais. A administração pública, continua, se beneficiando dessas tendências e também da mudança de governo. “Vimos uma retomada de abertura de vagas no setor público após quatro anos de perdas e é de se esperar que um governo do PT se reflita em uma tendência mais forte de contratações”, avaliou.

Confira a matéria na íntegra no PT Nacional

To top