O presidente Lula comemorou a onda de resultados positivos do governo, como a queda da inflação e do desemprego, uma maior confiança dos brasileiros na economia e melhora da nota de crédito do país junto a grandes agências de classificação de risco. Durante a live Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (1), Lula também citou futuras iniciativas que contribuirão ainda mais para a retomada do desenvolvimento, a exemplo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será relançado no dia 11, em solenidade no Rio de Janeiro.
Um dos assuntos tratados pelo presidente com o jornalista Marcos Uchôa, da EBC, foi a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgada na segunda-feira (31). Ela aponta que o índice caiu 4,1 pontos em julho, para 103,5 pontos, menor nível desde novembro de 2017 (103,1 pts.). O indicador acumula uma redução de 13,2 pontos nos últimos quatro meses.
Lula afirmou que os resultados positivos do seu governo se devem, em grande parte, a medidas que visam a promover o crescimento econômico com distribuição de renda. Ele citou a retomada do aumento real do salário mínimo, que estimula o consumo e aquece a economia, os estímulos à produção de alimentos e a redução do preço dos combustíveis, que têm contribuído para a queda dos preços nas prateleiras, entre outros.
“Eu acho que quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, os salários começam a aumentar, a inflação começa a cair, as pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas individualmente. E, ao mesmo tempo que ele percebe que está melhorando para ele, está melhorando para o seu vizinho, aí as coisas começam a ficar melhores”, comentou o presidente. “E assim a gente vai construir esse país mais democrático, mais inclusivo, muito mais participativo. Eu estou feliz e vou te dizer uma coisa, Uchôa: as pessoas vão se surpreender com o Brasil”.
Lula contou ter tratado desse assunto pessoalmente com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. “Eu estava em Hiroshima, e nós fomos a um jantar oferecido pelo primeiro-ministro japonês, e lá eu encontrei com a diretora-geral do FMI. Eu falei para ela: você vai se surpreender com o Brasil, é bom vocês não ficarem citando números do Brasil porque vocês vão se surpreender. O Brasil vai crescer mais do que a previsão do FMI”, contou.
Ele acrescentou que “o FMI vai errar, todas as afirmações do FMI sobre o PIB não vão dar certo, porque o Brasil vai crescer, e vai crescer de forma sólida, vai crescer de forma confiável e, mais importante do que só crescer, nós vamos fazer uma coisa de crescimento distributivo: vai crescendo, vai distribuindo, vai crescimento, vai distribuindo, para que a vida das pessoas cresça de acordo com o crescimento do país”. “É isso que interessa ao povo brasileiro, e é isso que vai acontecer”.
O presidente também destacou que o ambiente tem sido favorável a que trabalhadores e empregadores celebrem acordos salariais acima da inflação, o que não acontecia durante o governo passado. “Nós já temos quase 80% das categorias organizadas que fizeram acordos acima da inflação. No tempo anterior, era 75% abaixo da inflação. Significa que é um pouquinho mais de dinheiro nas mãos das pessoas”, disse. “Nós vamos colher muitas coisas nesse país, porque nós plantamos corretamente, estamos adubando corretamente, e o dinheiro vai circular na mão de milhões e milhões de brasileiros”.
O presidente ironizou setores que atribuem a onda de avanços na economia ao fator sorte. “Tem gente que fala que o Lula tem sorte, porque o Lula tem sorte, porque não sei das contas. Então, gente, se é por causa de sorte, me elejam sempre, porque esse país precisa de sorte”, afirmou.
“E quem tem sorte é o povo brasileiro de ter escolhido certo a democracia para governar esse país, porque, para mim, a inclusão social é a mola mestra, é a coisa crucial para o desenvolvimento do Brasil”, sublinhou o presidente. “Eu vou repetir uma frase para você nunca mais esquecer: muito dinheiro na mão de poucos, como era antes, é concentração de riqueza. Pouco dinheiro na mão de muitos é distribuição de riqueza. Quando todos tiverem um pouquinho, a gente vai perceber que as coisas vão melhorar”, acrescentou.