Subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo, e integrante da atual equipe de assessores a que Bolsonaro tem direito. Esse é segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti, depoente que será ouvido pela CPMI do Golpe nesta terça-feira (18/9).
Com a prisão de Mauro Cid, Crivelatti se tornou o mais próximo assessor do ex-presidente. Após Bolsonaro perder as eleições, Crivelatti foi o responsável por preparar a chegada de seu chefe ao Estados Unidos. Além disso, Crivelatti é quem cuida das armas pessoais de Bolsonaro.
Inicialmente, estava prevista para esta terça a oitiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e ex-candidato a vice-presidente na chapa com Bolsonaro em 2022, mas o depoimento foi adiado para o dia 5 de outubro.
Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), um dos autores do requerimento para a oitiva do militar, “a Ajudância de Ordens, comandada pelo tenente-coronel Mauro Cid, teve papel central na tentativa de deslegitimação dos resultados das eleições”.
“Eu preferia que fosse o Braga Neto, porque ele é o mentor de toda a tentativa de golpe e de todos os atos antidemocráticos, mas vamos aproveitar a oportunidade para também ter mais informações sobre as operações ilícitas de venda de joias e de venda de patrimônio público que Bolsonaro cometeu através dos seus assessores”, explica o senador Rogério Carvalho.
Na avaliação da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é importante ouvir o ex-auxiliar para buscar esclarecer os fatos preparatórios dos atos do dia 8 de janeiro.
“Osmar Crivelatti é uma figura muito ligada a Mauro Cid, e esse depoimento é interessante agora porque vem na sequência do general Dutra que deixou diversas lacunas após sua oitiva na comissão”, afirma a senadora.