segurança pública

Milícia bolsonarista promove terrorismo no Rio de Janeiro

Mesmo assim, apoiadores de Bolsonaro, como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, tentam fugir da responsabilidade do que ajudaram a criar

Divulgação

Milícia bolsonarista promove terrorismo no Rio de Janeiro

Fuzis apreendidos na casa de Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco: armamentismo de Bolsonaro aumentou o poder de fogo das milícias

Os bolsonaristas não aprendem mesmo, e continuam a usar o jogo sujo e a mentira como instrumentos para fazer política. O último absurdo veio do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que tentou utilizar as ações terroristas praticadas na segunda-feira (23) no Rio de Janeiro para atacar o PT.

Após milicianos espalharem o terror nas ruas da Zona Oeste da capital fluminense, incendiando 35 ônibus e um trem, Mourão, hoje senador, fez uma postagem sem pé nem cabeça citando os ataques no Rio, o Hamas e o PT. 

É muita cara de pau. Afinal, como general e membro do governo Bolsonaro, Mourão sabe muito bem que: 

1) os ataques recentes no Rio são obra da milícia que domina grande parte da cidade e tem claros vínculos com a família Bolsonaro;

2) foram os filhos de Jair Bolsonaro que por diversas vezes homenagearam e até empregaram pessoas ligadas a essas milícias. Flávio Bolsonaro, por exemplo, empregava em seu gabinete na Alerj a esposa de Adriano da Nóbrega, chefe do chamado “Escritório do Crime”, morto em 2019;

3) foi o governo Bolsonaro, do qual Mourão fazia parte, que facilitou o acesso a armas de fogo, que acabaram nas mãos de milicianos e do crime organizado de maneira geral;

4) as milícias cariocas cresceram em força, poder e armas durante o governo Bolsonaro e também durante a intervenção federal no Rio, em 2018, comandada pelo general Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

Gleisi: “Milícias foram fortalecidas por Bolsonaro e seus comparsas”

Como muito bem ressaltou a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o que o Rio está vivendo é responsabilidade das milícias, fortalecidas por gente como Bolsonaro e seus comparsas.

“Não é de hoje. Pregaram o ódio, homenagearam bandidos, liberaram armas a esmo, que foram parar nas mãos do crime organizado, estiveram envolvidos na tentativa de golpe, que culminou no 8 de janeiro”, apontou na rede social X.

“E agora cobram do PT?! Quem passa pano para bandidagem é o vice Mourão, cúmplice de todo esse caos, que quer anistiar golpistas, cúmplice de todo esse caos, que quer anistiar golpistas. O bolsonarismo é assim, se faz de patriota, mas insulta a Constituição o tempo todo”, completou Gleisi, referindo-se ao absurdo projeto de lei apresentado por Mourão para anistiar os condenados pelo ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro.

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