Até o início da tarde desta segunda-feira (30), 91 vítimas fatais foram registradas em razão das fortes chuvas que caem desde quarta-feira na região metropolitana de Recife (PE). Outras 26 pessoas estão desaparecidas, e o número de desabrigados já chega a cinco mil. São 14 municípios em situação de emergência. Um esforço envolvendo estados vizinhos leva profissionais da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para ajudar no socorro e na busca de sobreviventes de desabamentos que levaram casas e transformaram ruas em rios.
Fabiano Contarato retuitou um post do Mídia Ninja que traz 30 formas de ajudar as vítimas das chuvas em Pernambuco. Na mensagem, o senador afirmou que “toda ajuda faz a diferença para as famílias que vivem a dor e o desespero de perder tudo nas fortes chuvas que atingem o Grande Recife. É momento de solidariedade”, e se colocou à disposição de Pernambuco para o que for preciso.
Rogério Carvalho também compartilhou post que orienta como ajudar os desabrigados pelas chuvas em Pernambuco e manifestou solidariedade aos atingidos. O senador ainda chamou a atenção para a origem dessas tragédias, “problemas que nos fazem refletir sobre a necessidade urgente de atenção com o meio ambiente e melhor estruturação das nossas cidades”.
A mesma preocupação foi demonstrada por Jaques Wagner (PT-BA), que sistematicamente vem chamando a atenção para os efeitos das mudanças climáticas nas cidades.
“Minha solidariedade aos irmãos pernambucanos, que enfrentam uma tragédia provocada pelas chuvas. Infelizmente, esse não é um caso isolado. Somente neste ano, os acidentes climáticos provocaram vítimas fatais aqui na Bahia, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O Planeta está gritando e precisamos agir!”, apelou o senador e presidente da Comissão de Meio Ambiente.
O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), afirmou que os cortes feitos pelo governo Bolsonaro no orçamento social, de moradia, emprego e saúde impactam nas condições de vida da população. Segundo Paulo Rocha, o presidente foi a Pernambuco nesta segunda-feira assistir ao resultado da destruição que ele próprio provocou.
“Milhares pessoas são obrigadas a viver em lugar de risco pela desigualdade. Agora, com a chegada das chuvas, estão morrendo e deixando milhares de desabrigados”, explicou.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Humberto Costa (PT-PE), que está na Colômbia como observador internacional das eleições daquele país, cobrou de todas as instâncias do poder público “ações para minimizar o sofrimento das famílias desabrigadas”.
“O momento é de reflexão e de tomada de decisão. A população não pode ser tão castigada por eventos que, com certa frequência, se repetem. Como senador, tenho sempre destinado recursos a obras de infraestrutura e disponibilizo meu mandato para ajudar no que for preciso. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que nossas cidades estejam melhor preparadas para enfrentar futuras tragédias ambientais”, comprometeu-se Humberto Costa.
O senador pernambucano também criticou a postura de Bolsonaro, que não manteve contato no fim de semana com os governos estadual e dos municípios atingidos e um dia depois sobrevoou a região com discurso de campanha: “o que realmente o presidente devia ter feito ele não fez. O seu governo cortou em 45% recursos para combate a desastres este ano. Vem fazer politicalha em cima de tragédia e cadáveres”.
Após o sobrevoo, na manhã desta segunda, Bolsonaro declarou à imprensa que “essas catástrofes acontecem” num país continental. E, como que dando razão ao senador Humberto Costa, afirmou que o governo vai liberar crédito para a parcela mais pobre da população, que recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC), “sem passar por governadores e prefeitos”, ou seja, batendo pé na descoordenação com as instâncias locais para mitigar os efeitos da tragédia.