Uma transmissão de cerca de três horas lembrou a passagem de um ano da saída do ex-presidente Lula da prisão em Curitiba, em 8 de novembro de 2019, e reafirmou a luta pela conquista definitiva de sua liberdade plena. “Tivemos uma vitória parcial”, afirmou a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), “mas a luta continua por sua liberdade plena”, completou. “Estou livre, solto e bonito”, disse Lula durante a live, “mas todos meus processos seguem correndo”, alertou.
Além de Lula, também participaram do evento online os presidentes e representantes dos partidos que formaram o Comitê Lula Livre: PT, PCdoB, PSOL e PCO e representantes dos movimentos sociais. Ativistas que se revezaram nas tarefas de comunicação, saúde e segurança também falaram de suas experiências durante o ano de resistência no acampamento.
“A essa altura todo mundo já deveria ter entendido que minha prisão não teve nada a ver com um processo jurídico”, destacou Lula durante sua intervenção na live. “Nunca entendi aquilo como uma prisão, sempre soube que era um interdito para que eu não fosse candidato. Para impedir o povo de me eleger presidente”, ressaltou.
O senador Humberto Costa (PT-PE) usou a hastag #LulaInocente em sua rede social e participou do pedido de justiça para Lula. “É preciso reparar a injustiça cometida contra Lula e resgatar a credibilidade da Justiça brasileira, abalada dentro e fora do país”, afirmou Costa.
“Hoje completa um ano que o ex-presidente Lula reencontrou a liberdade e foi abraçado pelo povo brasileiro. Um ano depois deste grande dia, seguimos na luta para que ele seja plenamente inocentado e para que seus processos, viciados do início ao fim, sejam devidamente anulados”, destacou o senador Jaques Wagner (PT-BA) em sua rede social.
Durante a transmissão deste domingo (8), Lula lembrou que “agora tentam preparar uma chapa Huck/Moro. Cada hora inventam uma coisa”. Para Lula, “a única coisa que eles não admitem voltar é o PT e o Brasil da inclusão social”. “Basta ver meu habeas corpus que está há dois anos esperando julgamento. Porque politicamente para eles não é conveniente”, ressaltou.
O ex-presidente agradeceu o apoio “inesquecível” de militantes, ativistas e apoiadores da resistência durante o ano em que esteve ilegalmente preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O ex-presidente lembrou “da alegria que me deram com os ‘bom dia’, “boa tarde’ e ‘boa noite’, ao que agradeceu com “profunda gratidão”. Ele estendeu os agradecimentos ao partido, aos partidos políticos, aos sindicatos e a todos os movimentos sociais e personalidades políticas que apoiaram a campanha.
Vigília inédita
Durante os quase dois anos em que ficou preso, Lula foi acompanhado fielmente por uma coletividade de movimentos populares, partidos e militantes que não arredaram o pé de Curitiba até ver o ex-presidente fora da prisão.
Desde o momento da prisão, a Vigília Lula Livre se instalou nos arredores da Polícia Federal, marcada por enfrentamentos desde o primeiro dia, quando foram recebidos violentamente pela Brigada Militar.
Após 580 dias de resistência numa experiência inédita no país e no mundo, Lula foi solto e reafirmou que continuaria a luta por sua liberdade plena e a restituição de seus direitos políticos.
Desde então, a campanha Lula Livre ganhou a consigna #AnulaSTF que tem mobilizado ativistas no Brasil e no mundo para que o Supremo Tribunal Federal anule os processos contra o ex-presidente baseado na suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
“Queremos que o STF anule o processo ilegal, imoral e injusto de Sérgio Moro. Precisamos de justiça pra Lula”, cobrou a deputada federal Gleisi Hoffmann.
#AnulaSTF
Manifesto internacional reúne 400 lideranças em defesa da anulação dos processos de Lula. O documento será encaminhado ao ministro Gilmar Mendes nesta terça-feira (10) e protocolado por uma comissão de representantes da Campanha Lula Livre.
A iniciativa faz parte do marco um ano desde a soltura de Lula, depois do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter ficado 580 dias encarcerado injustamente na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.
O texto conta com a assinatura de 400 lideranças da América, Europa, Ásia e África e pede para que os ministros do Supremo Tribunal Federal “não se furtem à sua responsabilidade histórica, e atuem na plenitude de suas funções para reparar as injustiças cometidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Com Agência PT de Notícias, Assessoria da Mídia Campanha Lula Livre e Instituto Lula