Os advogados de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que seu cliente fique em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
Monteiro foi convocado para depor na CPMI na próxima quinta-feira (28/06). Ele é citado em uma gravação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversa com pessoas ligadas a Cachoeira. Quando as denúncias foram divulgadas na imprensa, Monteiro se afastou do cargo.
As gravações da PF também apontam que Monteiro seria um dos beneficiados pelos aparelhos celulares via rádio, comprados por Cachoeira e distribuídos, de acordo com a Polícia Federal, a pessoas que faziam parte da organização.
O pedido de habeas corpus protocolado no STF foi remetido ao ministro Cezar Peluso. De acordo com o advogado do ex-chefe de gabinete, Sandro Rogério Monteiro, além de garantir o direito de permanecer calado, Cláudio Monteiro também quer consultar seus defensores durante o depoimento.
“O habeas corpus tem como objetivo garantir que ele esteja acompanhado dos advogados [durante o depoimento à CPMI], ser tratado com urbanidade e ter o direito de permanecer calado. Tivemos diversos casos de parlamentares que se exaltaram durante os depoimentos”, disse o advogado.
Agência Brasil