Agora, Perillo também quer abrir sigilo

A oposição gastou boa parte de seu tempo de perguntas nesta quarta-feira (13/06), durante a sessão da CPMI do Cachoeira, para tentar minimizar o impacto da decisão do governador Agnelo Queiroz (PT-DF), que, voluntariamente, ofereceu seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Acusando o golpe, o governador goiano Marconi Perillo, que ontem se recusou a abrir seus dados, ligou para os líderes de seu partido, o PSDB, ainda durante o depoimento de Agnelo, para pedir que a sua quebra de sigilo fosse votada ainda hoje pelos parlamentares.

Ao longo de toda a manhã, as redes sociais, as agências de notícias e a mídia repercutiram, com grande destaque, o anúncio de Agnelo, que justificou assim sua decisão: “quem não deve não teme”.

Na sessão dessa terça-feira (12/06), Perillo recusou-se a autorizar a abertura de seus sigilos telefônico e de mensagens de texto. Alegando ser testemunha e não investigado, respondeu ao relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), que a decisão de quebrar ou não seus sigilos telefônico, bancário e fiscal cabe aos parlamentares. 

“Não vejo motivos nem fundamentação para a quebra de meus sigilos, mas, de todo modo, essa é uma decisão que não me cabe. Vossas Excelências é que terão que tomar essa decisão”, defendeu-se, durante seu depoimento.

Giselle Chassot

 

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