Rio recuou 4 metros: agora, atenção se volta |
Começam a baixar as águas do rio Acre que inundam a região amazônica e atingiram o estado. Os problemas, porém, continuam, especialmente por conta do elevado número de desabrigados – não apenas no Acre, mas também em Rondônia, onde pelo menos quatro municípios estão isolados. Em pronunciamento ao plenário nesta terça-feira (18), o senador Jorge Viana (PT-AC) demonstrou alívio com a redução do volume do rio que corta seu estado, mas lembrou que os problemas prosseguem e podem até se agravar.
“O rio já abaixou quase quatro metros, mas a situação é precaríssima, tendo em vista o número de desabrigados”, relatou. Ele antecipou que ainda nesta semana irá ao Ministério da Integração Nacional e à Defesa Civil pedir a liberação de um montante maior para o estado, por conta da atenção que é preciso garantir aos desabrigados e por causa dos serviços públicos e de infraestrutura que foram danificados.
“Ontem mesmo nenhum caminhão passou na BR-364 (que liga o estado ao restante do País) porque estava sendo feito um reparo. A rodovia está submersa em vários quilômetros, a situação é muito grave: em alguns lugares da BR-364, a lâmina d´água passa de um metro”, argumentou.
Pedidos a Dilma
O senador agradeceu a visita que a presidenta Dilma fez à região no último sábado (15). “Ela viu de perto o drama que nós estamos vivendo pela maior cheia da história do Rio Madeira. A cota do rio é assustadora”, recordou.
Também pediu à presidenta ajuda para garantir a travessia das áreas em que a rodovia que garante o abastecimento da região. “Nós não podemos aceitar que o risco fique exclusivamente no caminhoneiro. Nós temos de ter – e é possível fazer isso – caminhões guincho, caminhões mais apropriados para essa situação, para fazerem a travessia conduzindo o comboio de alguns caminhoneiros que se disponham a passar com seus veículos em situações tão precárias”, pediu.
Viana também solicitou uma linha de financiamento diferenciada do BNDES, executada através do Banco do Brasil, para auxiliar toda área produtiva e comercial do Acre, “para que não se transforme uma cheia em uma inflação absurda, elevando o preço das mercadorias para a população”, disse.
Giselle Chassot
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