Alunos poderão aprender língua estrangeira antes do curso

Oportunidade beneficia os mais pobres

As universidades estrangeiras exigem que o aluno comprove que fala, escreve e entende bem o idioma do país para frequentar as aulas. Por isso, um dos critérios adotados para a seleção será a nota em testes oficiais. Mas o candidato que não atingir a nota mínima poderá ser contemplado com um curso intensivo no exterior antes do início das aulas, com duração que vai depender do nível de proficiência de cada um. 

Essa opção foi aberta para atender as necessidades de alunos com bom desempenho em suas áreas, mas que não sabem idiomas, muitas vezes por falta de oportunidade. De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, os critérios de pontuação no Enem (mais de 600 pontos) ou medalha em Olimpíadas de Matemática selecionam estudantes aplicados e garante o mérito. “Eles já mostraram que são inteligentes, preparados e que têm interesse de crescer na vida. Esse curso de língua permite que os mais pobres tenham o direito a essa oportunidade fantástica, que é poder estudar nas melhores universidades do mundo”, avalia o ministro.

Cientistas
Além dos cursos de graduação no exterior, dois editais serão lançados com o objetivo de trazer estrangeiros ou brasileiros que atuam no exterior: um para jovens que tenham destacada produção científica e tecnológica; e outro para pesquisadores visitantes, de modo a fortalecer pesquisas em temas prioritários por meio de parceria com lideranças internacionais. A meta é trazer 360 pesquisadores de alto nível do exterior, com bolsas do Ciência Sem Fronteiras, até 2014. “Queremos atrair pesquisadores de ponta para que façam estudos em temas de nosso interesse. Além disso, por meio do programa, queremos repatriar nossos cientistas que estão lá fora [no exterior]”, diz Mercadante.

Programa prevê até 100 mil bolsas em quatro anos
O Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. 

O programa prevê a concessão de até 100 mil bolsas de estudo no exterior em quatro anos, das quais 75 mil apoiadas pelo governo e 25 mil pela iniciativa privada. A prioridade é dada às áreas das ciências e engenharia que têm mais aderência à pesquisa feita em outros países e que são considerados setores estratégicos para o desenvolvimento da capacidade produtiva brasileiras (veja áreas prioritárias no quadro). 

Áreas Prioritárias
Engenharias e demais áreas tecnológicas

Ciências Exatas e da Terra: Física, Química, Biologia e Geociências

Ciências Biomédicas e da Saúde

Computação e tecnologias da informação

Tecnologia Aeroespacial

Fármacos

Produção Agrícola Sustentável

Petróleo, Gás e Carvão Mineral

Energias Renováveis

Tecnologia Mineral

Biotecnologia

Nanotecnologia e Novos Materiais

Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais

Biodiversidade e Bioprospecção

Ciências do Mar

Indústria Criativa

Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva

Formação de Tecnólogos

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