Ana Rita lamenta assassinato de funcionária do Senado

Segundo a senadora, o crime cometido pelo marido ilustra como a violência atinge todas as mulheres, independentemente de cor, idade ou classe social.

O Brasil ocupa o oitavo lugar, num ranking de mais de 80 países, em assassinatos de mulheres praticados pelos seus companheiros

O assassinato da servidora do Senado Cristiane Yuriko Miki, cometido pelo ex-marido da vítima, no dia 25 de julho, ilustra dramaticamente como a violência atinge todas as mulheres, independentemente de cor, idade ou classe social, afirmou a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que atualmente investiga a violência contra a mulher.

Em pronunciamento ao plenário, na última quarta-feira (01/08), Ana Rita manifestou seu pesar, revolta e tristeza pelo assassinato de Cristiane, que trabalhava na Secretaria-Geral da Mesa do Senado. “É inaceitável que, ainda hoje, nós mulheres fiquemos sujeitas a todo tipo de violência, inclusive a de morte, por supostos descontroles, ciúmes ou qualquer outro motivo que a razão masculina tente impor”, indignou-se a senadora.

A CPMI em curso no Congresso Nacional tem por objetivo apurar denúncias de omissão do Poder Público na aplicação dos instrumentos legais de proteção à mulher em situação de violência. “É necessário que o Estado brasileiro tome em sério a violência contra a mulher e realize ações de prevenção da violência de gênero, com campanhas para mudar a cultura de violência machista e que puna os agressores”.

Ana Rita lamentou a banalização da violência no País. “O assassinato está virando coisa cotidiana”. Ela lembrou que os crimes contra as mulheres são acrescidos da característica perversa de, na maioria dos casos, serem praticados por companheiros e ex-companheiros. “Atualmente, o Brasil ocupa o oitavo lugar, num ranking de mais de 80 países, em assassinatos de mulheres praticados pelos seus companheiros e pelos seus ex-maridos”, destacou a senadora.

Ela expressou solidariedade à família de Cristiane e aos colegas de trabalho da servidora. “É com tristeza que faço este registro, em nome da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, para que o fato fique marcado nos anais desta”, afirmou.

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