Ricardo Stuckert / PR

Presidente Lula durante Encontro dos BRIC no Rio de Janeiro
O presidente Lula teve atuação decisiva na cúpula dos Brics, encerrada nesta segunda-feira (7/7). Os debates enfatizaram a importância da união dos países emergentes, do chamado Sul Global, para combater as desigualdades.
Um dos pontos centrais da participação brasileira foi a defesa da criação de um “espaço fiscal” global, essencial para que países em desenvolvimento possam investir na erradicação de doenças. Lula argumentou que a saúde deve ser vista como um investimento fundamental para o bem-estar e o desenvolvimento social, especialmente em regiões mais vulneráveis.
“Foram tratados temas fundamentais à população mundial. A reforma das estruturais internacionais, anacrônicas e defasadas, o sistema de governança, a disposição de construção de uma nova ordem. Para além disso, temas sociais extremamente relevantes, como a parceria inédita para a Eliminação das Doenças Determinadas Socialmente no âmbito do bloco”, comentou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Na pauta ambiental, o presidente Lula não poupou críticas aos incentivos financeiros concedidos ao setor de combustíveis fósseis, enfatizando a contradição de subsidiar atividades que contribuem para o aquecimento global.
A participação do Brasil na Cúpula dos Brics sob a liderança de Lula evidencia o esforço em fortalecer o bloco como um ator relevante na arena internacional, defendendo uma agenda que prioriza a cooperação, o desenvolvimento sustentável e a defesa da democracia, conforme sintetizou o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). “Além de nos fortalecer no cenário mundial, um evento como esse demarca a nossa defesa inegociável pela democracia. Com o multilateralismo sob ataque, é urgente que o mundo se una para não permitir retrocessos”, avaliou.
A senadora Augusta Brito (PT-CE) chamou a atenção para os efeitos do diálogo internacional para o desenvolvimento e a redução das desigualdades. “Temos um compromisso com uma ordem internacional equilibrada, onde seja possível construir caminhos de cooperação com justiça social, inclusão e desenvolvimento sustentável. De forma democrática, dialogando com todos, sem se submeter a imposições, nossa diplomacia abre portas para mais investimentos, mais empregos e mais oportunidades, especialmente para quem mais precisa.”
A senadora Teresa Leitão (PT-PE) também comentou a participação de Lula e da diplomacia brasileira. “Lula mostrou que é um gigante ao defender a força do grupo para liderar a resposta global à fome e à pobreza, a legitimidade da Organização Mundial da Saúde, a cooperação mundial para buscar justiça climática e a soberania e a democracia do nosso país”.