A indústria brasileira coleciona bons resultados neste início de 2014: aumento do faturamento real, do emprego, da massa salarial real, do rendimento médio real e da capacidade instalada. É o que diz pesquisa “Indicadores Industriais”, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nessa terça-feira (11). Os números foram celebrados pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC), em discurso na tribuna do Senado, como “sinais de recuperação do setor industrial”, já que todos os indicadores registraram crescimento na comparação.
“O nível de utilização da capacidade instalada, por exemplo, chegou a 82,7%, o melhor resultado em nove meses, quando havia registrado 83,5%. Esse índice é importante, porque reflete o potencial total de produção com base em equipamentos, mão de obra ou estoques, entre outros”, observou o senador.
O estudo, que compara o desempenho do setor entre os meses de janeiro e dezembro, também apontou um crescimento de 16% sobre o faturamento, desconsiderando as influências sazonais. O que representa uma recomposição da queda de 1,5% ocorrida em dezembro. Na comparação com janeiro de 2013, o crescimento foi maior, de 2,4%, ainda que esteja 3,1% abaixo do pico de agosto do ano passado. Em relação a janeiro de 2013, o faturamento foi o único indicador que cresceu de forma disseminada nos 21 setores da indústria de transformação pesquisados pela CNI, com aumento em 16 deles.
Segundo a CNI, com a atividade mais aquecida em janeiro, o emprego cresceu 0,3% em relação a dezembro e 1,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. “Trata-se do quinto avanço consecutivo do indicador, que havia subido com menos intensidade nos três meses anteriores”, destacou Aníbal Diniz.
As horas trabalhadas, na mesma comparação, cresceram 1,4% em dezembro, mas caíram 0,9% em relação a janeiro do ano passado. Já na massa salarial, o crescimento foi de 0,9%, ante dezembro, e 6,7%, em comparação a janeiro de 2013. O rendimento médio real ficou em 1,1% em relação a dezembro, e 5,1%, na comparação com janeiro do ano passado.
Apesar dos dados apresentarem um inicio de ano promissor, para o petista, é preciso conter o otimismo e não intuir que os números configuram uma tendência firme, em razão das oscilações e a volatilização dos dados da atividade industrial em 2013. Mesmo assim ressaltou que expectativa da CNI é de que os números da indústria sejam ainda melhores em fevereiro, “por se tratar de um mês cheio, já que o carnaval caiu integralmente no mês de março”.
IBGE confirma bons resultados
Também nessa terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o crescimento de 2,9% da produção industrial brasileira. O levantamento disse ainda que 17 dos 27 ramos pesquisados registraram crescimento em janeiro. O destaque ficou para o setor farmacêutico (29,4%), veículos automotores (8,7%) e máquinas e equipamentos (6,4%).
Na avaliação do senador, esses números reforçam a indicação de que houve recuperação, em janeiro, com relação a dezembro e novembro, que foram períodos negativos. Mas, acredita Aníbal, que há espaço para um avanço mais forte na consolidação dos resultados positivos do setor industrial.
“Os resultados, ainda que não tenham sido excepcionais, são sólidos e apontam um caminho para um Brasil permanentemente em crescimento”, finalizou Aníbal Diniz, após ressaltar a conclusão da pesquisa “Focus”, do Banco Central, cuja expectativa de economistas é de expansão de 1,57% em 2014 da economia do Brasil. Para
Catharine Rocha
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