Atualmente, dentre as 81 vagas de senadores, apenas 10 são mulheres; na na Câmara, com 513 deputados, elas são apenas 45 mulheres. “Esses números colocam o Brasil com um percentual de participação feminina no Parlamento de apenas 8,6%. É uma média muito baixa, porque a média mundial hoje já está de 22%. O Brasil está ocupando a 158ª posição, em ranking de aproximadamente 200 países”, comparou o senador, pedindo maior participação dos parlamentares masculinos para uma participação mais equilibrada.
Para o senador Aníbal Diniz, esses números revelam ainda que há falta de prioridade para as candidaturas das mulheres nos partidos, e não desconfiança da população. Como exemplo, ele lembrou que, nas eleições de 2010, duas mulheres – Dilma Rousseff e Marina Silva – disputaram a Presidência da República e que a soma os votos que ambas receberam chegou a 67% da preferência do eleitorado brasileiro, enquanto os outros oito candidatos homens ficaram com 33%. “Não vale aquele argumento de que as pessoas não confiam em mulher na política. Confiam, sim. E a prova foi dada, com farta demonstração, nas eleições de 2010”, reafirmou.
Mas para que esse quadro de desigualdade mude, exortou o senador, é preciso que os homens sejam mais flexíveis e tenham “uma atitude de renúncia” a favor das mulheres. “Se dependermos apenas das mulheres, não vamos ter mudança, porque elas são minoria”, disse.
O petista ainda citou o Acre como um dos primeiros estados a adotar uma posição afirmativa no sentido de ampliar a representação feminina. Como exemplo, disse que a atual deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) disputará a cadeira hoje por ele ocupada.
“As mulheres conseguiram postos importantes em todos os espaços, nas carreiras de Estado, onde o critério é a competência. Nos concursos públicos, as mulheres disputam em pé de igualdade com os homens. Por que só no Parlamento há sub-representação feminina? Porque a máquina partidária no Brasil é comandada por homens. E nós temos que tomar atitudes nesse sentido”, concluiu.