golpistas presos

Após destruição, 1200 criminosos são retirados de acampamento

Acampamentos golpistas começam a ser desmobilizados nesta segunda. Ao todo, 1.500 golpistas foram detidos somente no DF. “Vamos investigar e punir os culpados por essa ação coordenada de vandalismo”, avisa o senador Humberto Costa
Após destruição, 1200 criminosos são retirados de acampamento

Foto: Reprodução

Com um absurdo atraso, as incubadoras de terroristas instaladas nas portas de quartéis pelo Brasil começaram a ser desmontadas na manhã desta segunda-feira (9), um dia após o ataque de bolsonaristas aos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou ainda na noite de ontem a total desocupação e dissolução dos acampamentos montados pelos golpistas.

“O desmonte do acampamento do QG do Exército já começou. São 1,2 mil golpistas já presos, além de centenas de outros terroristas envolvidos na tentativa de golpe de ontem. Muitos já levados para os presídios de Brasília”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH).

Ao todo, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, são 1,5 mil golpistas detidos somente no Distrito Federal.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), atual ministro do Desenvolvimento Social, esteve no Palácio do Planalto e relatou a ocorrência, além da destruição promovida, de roubos de diversos documentos.

“Roubaram documentos da ABIN, setor de armamentos, HD de computadores, entre outros. Isso sem falar da triste destruição às obras de arte e a estrutura dos edifícios. Coisa de golpistas”, criticou.

Além do fim dos acampamentos golpistas, o ministro Alexandre de Moraes ordenou também a apreensão e o bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal como meios de transporte dos radicais bolsonaristas para o Distrito Federal.

Também foi proibida a entrada em Brasília de qualquer ônibus ou caminhão identificado como meio de transporte para os golpistas. A proibição vale até 31 de janeiro.

Para o senador Humberto Costa, para além da desmobilização e punição aos criminosos que atacaram as instituições da República, será necessário um trabalho árduo de reconstrução não apenas dos prédios públicos e obras de arte vandalizados, mas reerguer o próprio país e nossa democracia.

“União e Reconstrução. Mais do que slogan de governo, essas palavras ganham ainda mais peso depois do dia mais sombrio já vivido desde a nossa redemocratização. A semana começa com muito trabalho. Vamos investigar e punir os culpados por essa ação coordenada de vandalismo”, disse.

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