“E aí, distribuidoras e postos? Bora reduzir os preços na bomba para o cidadão, a cidadã e para o frete nacional?”. Esse foi o convite feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após o anúncio de corte de 4,5% no preço de venda de óleo diesel por suas refinarias. A redução equivale a R$ 0,18 por litro, com o preço médio passando a R$ 3,84. O novo valor passou a valer na última quinta-feira (23).
O ex-senador ainda apontou que acompanhará o preço praticado para saber se as distribuidoras acompanharão o movimento iniciado pela Petrobras. “Senão [baixar] não adianta de nada o nosso trabalho. Para subir, sobe até “no cheiro” de boatos; mas para descer, demora. Tá errado, não? Bora acompanhar”, destacou.
Nas bombas, o preço do diesel vem em queda há seis semanas, como reflexo dos cortes promovidos pela estatal em 2023 —o primeiro foi no início de janeiro, ainda antes da posse de Jean Paul Prates como presidente da companhia.
“Só neste ano o diesel já teve três reduções de preços. A gasolina está com o litro abaixo dos 6 reais quando no ano passado chegou a ultrapassar os 9 reais. A guerra da Ucrânia não acabou e a Petrobras continua batendo recordes de lucratividade. O que mudou? Temos um novo governo e uma administração da Petrobrás que não está focada só em pagar altos dividendos aos acionistas”, destacou a senadora Augusta Brito, vice-presidenta da Comissão de Infraestrutura (CI).
“A Petrobras é uma empresa pública e tem que ter compromissos com toda a sociedade e não só com os acionistas. Isso é resultado de um governo comprometido com o Brasil e com as brasileiras e brasileiros”, completou Augusta.
Além da redução do diesel, Jean Paul Prates, disse, ontem, no Rio de Janeiro, que a estatal também estuda a redução do preço da gasolina. “Sempre que a gente puder vender mais barato para o consumidor brasileiro, a gente vai fazê-lo”, afirmou ao ser perguntado se a empresa deve baixar o preço da gasolina este mês.
O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Humberto Costa (PT-PE), também destacou o papel da Petrobras, no governo Lula, mais voltado para o caráter social da empresa. Assim, aponta Humberto, vai ser possível desencadear um efeito cascata de redução dos preços na cadeia produtiva nacional.
“Estamos vendo uma Petrobras que, agora, tem olhos mais voltados para os interesses do país do que os dos acionistas. Nesse sentido, a nossa expectativa é de que, muito em breve, os preços comecem a reduzir na bomba e, consequentemente, haja reflexos em toda a cadeia produtiva, com queda nos valores dos alimentos, do transporte, em todos os setores, enfim”, avaliou Humberto.