Cultura

Aprovada a criação do Dia Nacional do Maracatu

De acordo com o projeto relatado pelo senador Humberto Costa, 1º de agosto ficará conhecido como Dia Nacional do Maracatu

Alessandro Dantas

Aprovada a criação do Dia Nacional do Maracatu

Senador Humberto Costa apresentou parecer favorável à proposta

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (15/10) projeto de lei que institui 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, manifestação cultural popular tradicional de Pernambuco, que envolve ritmo musical, dança e vestimentas. O relator, senador Humberto Costa (PT-PE), apresentou parecer favorável ao texto (PL 397/2019), que seguirá para sanção presidencial.

A proposição é de autoria da então deputada – hoje ministra de Ciência e Tecnologia – Luciana Santos (PCdoB-PE). Ela escolheu a data para coincidir com a comemoração do Dia do Maracatu, instituído por Pernambuco em 1997 — ano da morte do mestre Luís de França, que comandou por 40 anos o Maracatu Leão Coroado, grupo que tem 157 anos de existência. A data de nascimento de Luís de França, 1º de agosto, foi escolhida para a celebração da data.

Há um Dia Estadual do Maracatu também no Ceará e datas comemorativas municipais em algumas cidades de Pernambuco.

O senador Humberto Costa destacou a história do maracatu, relatando que ele surgiu no período da escravatura, aproximadamente entre os séculos 17 e 18, como uma mistura de culturas africanas, ameríndias e europeias.

“O nascedouro da manifestação compreende a região hoje abarcada pelo estado de Pernambuco, especialmente as cidades de Recife, Olinda e Igarassu, que, à época, incluía também os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá”, disse o relator.

O maracatu inclui dança, instrumentos e vestimentas típicos e sincretismo religioso. Foto: Reprodução

Caracterizado pelo tambor de alfaia, o maracatu inclui dança, instrumentos e vestimentas típicos e sincretismo religioso. Pode ser dividido em dois grandes grupos: o maracatu nação (ou do baque-virado) e o maracatu rural ou do baque-solto (também chamado de maracatu de orquestra, maracatu de trombone e maracatu de baque singelo).

O primeiro é muito comum na região metropolitana do Recife, e é considerado o mais antigo ritmo afro-brasileiro. Já o segundo é associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Ambos estão inscritos como bens culturais imateriais no Livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Com informações da Agência Senado

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